Com o sub-18 na China, técnico da base celeste trocará experiências com astro holandês

Guilherme Piu
04/06/2019 às 18:59.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:57
 (Cruzeiro/Divulgação)

(Cruzeiro/Divulgação)

Trabalhar com atletas da base é uma tarefa difícil, principalmente por lidar com o sonho de inúmeros garotos que suam a camisa diariamente tentando se firmar no futebol profissional. No Cruzeiro o papel de lapidar os jogadores com menos de 20 anos é do técnico Ricardo Resende, que comandará a equipe no Sinobo Gouan Cup, torneio disputado na China a partir do dia 5 de junho.

Já em território chinês, o técnico e seus comandados se ambientam ao país asiático. Antes da disputa, que colocará no caminho da Raposa clubes tradicionais, como Wolverhampton, da Inglaterra, PSV Eindhoven, da Holanda, além do Beijing Guoan, da China, todos do Grupo A, Ricardo Resende falou com exclusividade ao Hoje em Dia.

O comandante da garotada cruzeirense comentou sobre a expectativa do torneio, da evolução do futebol asiático e do encontro que teve com o astro, o ex-jogador holandês Ruud van Nistelrooy.

Qual a Expectativa para a disputa do Sinobo Gouan Cup?

A expectativa é excelente! É uma oportunidade única para os atletas jogarem com escolas diferentes e de alto nível, como o PSV, Boca Juniors, entre outros. É um torneio sub-18, então nossos atletas do primeiro ano da categoria sub-20 e alguns do sub-17 poderão evoluir muito nesse grande torneio, que promete uma grande troca de experiências.

 O que essa disputa agrega, técnica e taticamente, e como uma excursão desse tipo ajuda na formação dos atletas?

O calendário do futebol de base no Brasil é de alto nível, com grandes competições, como a Copa São Paulo, a Copa do Brasil, o Brasileiro. Porém, o Cruzeiro entende que as competições internacionais complementam a formação dos atletas. Eles vão poder jogar contra vários estilos diferentes, modelo de jogo e características de adversários que vão potencializar a formação dos nossos atletas, além da oportunidade de vivenciar a cultura chinesa no dia a dia. A possibilidade de viver, na prática, uma cultura diferente da nossa é aspecto importante na formação dos atletas enquanto cidadãos. Isso certamente terá contribuição lá na frente, quando se tornarem jogadores do time profissional e tiverem a experiência de ir para outra cidade ou outro país.

O futebol asiático segue em processo acelerado de evolução. Há muito investimento principalmente na base com centros de treinamentos bastante tecnológicos. O futebol sul-americano (principalmente o brasileiro), a gente sabe, produz muita mão de obra de qualidade para o futebol. Mas o jogo é trabalhado por aqui com a mesma agilidade e qualidade do que aquilo que tem sido feito nas praças asiáticas?

O futebol asiático está evoluindo bastante. Na China, eles querem fomentar a prática do futebol nas crianças e nos jovens. O investimento em contratação de atletas renomados no futebol mundial é uma das estratégias para a evolução do futebol no país. Eles admiram muito os atletas brasileiros e estão evoluindo bastante, mas, sem dúvidas, o futebol praticado no Brasil está acima do asiático.

Contato com o astro Ruud van Nistelrooy pode ajudar de que forma na melhora do seu trabalho?

O Van Nistelrooy é um ídolo do futebol internacional. Nós estamos hospedados no mesmo hotel que o PSV e já conversei com ele sobre o futebol e a formação de atletas. Ele é muito receptivo e atencioso. Essa troca de ideias e experiências com culturas diferentes está sendo importante para a minha formação como técnico. Espero que possamos fazer um grande torneio e representar bem o Cruzeiro na competição.Cruzeiro/Divulgação / N/A

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