Com triunfo sobre o América, Cruzeiro evita ano sem vitória em clássicos; relembre

Alexandre Simões
@oalexsimoes
02/12/2020 às 23:36.
Atualizado em 27/10/2021 às 05:12
 (Bruno Haddad/Cruzeiro)

(Bruno Haddad/Cruzeiro)

Vencer o América, no Independência, foi fundamental para o Cruzeiro manter suas remotas chances de acesso à Série A, que é o objetivo principal do clube nesta temporada, mas que a 14 rodadas do fim da Segundona já é quase impossível de ser alcançado.

Porém, buscar os três pontos teve também outro significado para a Raposa: evitou algo que aconteceu pela última vez em 1991, de passar uma temporada inteira sem vencer um clássico.

Em 9 de fevereiro, pela quinta rodada do Campeonato Mineiro, Cruzeiro e América jogaram no Mineirão e ficaram no 1 a 1, com Ademir abrindo o placar para os americanos, e Maurício empatando já no final da partida.

Em 7 de março, pela oitava rodada do Estadual, o Cruzeiro foi visitante pela primeira vez diante do Atlético, no Gigante da Pampulha. E perdeu por 2 a 1, com Otero decidindo o jogo já nos acréscimos.

Como os cruzeirenses não se classificaram para as semifinais do Campeonato Mineiro, perderam a chance de enfrentar americanos ou atleticanos na fase final da competição. O clube jogou o Troféu Inconfidência, que reuniu entre o quarto e oitavo colocados.

O último clássico mineiro em 2020 havia sido há três meses. Em 29 de agosto, pela sexta rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, o América foi mais uma vez visitante diante da Raposa e venceu por 2 a 1, no Mineirão, com Eduardo Bauermann e Matheusinho marcando na primeira etapa, e Arthur Caíke, de falta, diminuindo para os celestes no segundo tempo.

Nesta quarta-feira, o Cruzeiro fez seu quarto e último clássico em 2020, obtendo sua primeira e única vitória em dérbis mineiros, por 2 a 1.

A última vez que os celestes deixaram de vencer, no mínimo, um clássico, em um ano, foi em 1991, mas com um contexto bem diferente do atual. Isso porque naquela temporada, o clube venceu pela primeira vez a Supercopa dos Campeões da Libertadores, derrotando o poderoso River Plate, da Argentina, na final. Agora, luta é para se distanciar da zona de rebaixamento da Série B.Bruno Haddad/Cruzeiro

O ano de 1991

O calendário do futebol brasileiro em 1991 tinha o Campeonato Brasileiro jogado no primeiro semestre, e um empate por 2 a 2 com o Atlético, em 11 de fevereiro, no Mineirão, abriu os clássicos do Cruzeiro na temporada.

Depois de escapar do rebaixamento na última rodada do Brasileirão, a Raposa, antes do Campeonato Mineiro, empatou por 0 a 0 com o América, no Independência, em 16 de junho, na decisão da Copa dos Campeões Mineiros, ganhando o título nos pênaltis, por 7 a 6.

No Estadual, foram dois clássicos contra cada rival, no hexagonal decisivo. Em 3 de novembro, perdeu por 1 a 0 para o América e ficou distante do título com a derrota de 2 a 0 para o Atlético, dia 24, no jogo seguinte à conquista da Supercopa, em 20 de novembro, com um 3 a 0 sobre o River Plate.

Em 1º de dezembro, empatou com o América por 0 a 0, e em 15 de dezembro, na sua última partida na temporada, foi derrotado pelo Atlético por 1 a 0, resultado que deu ao Democrata-GV o vice-campeonato mineiro e a segunda vaga do Estado na Copa do Brasil de 1992, que não teve a participação cruzeirense.

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