Com Willian de volta ao time, Marcelo Oliveira tenta reencontrar bom futebol

Alberto Ribeiro - Hoje em Dia
07/04/2015 às 07:53.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:32
 (Washington Alves)

(Washington Alves)

A China Azul anda cheia de desconfianças em 2015. E não é por menos. Em meio a um processo de ampla reformulação, o Cruzeiro ainda não fez apresentações convincentes para a torcida celeste na temporada. Até mesmo o técnico Marcelo Oliveira já admitiu não ter conseguido encontrar a equipe ideal.

Desde que chegou à Toca da Raposa, o treinador ainda não havia tido um início de ano tão complicado. Os números não chegam a ser alarmantes, mas o futebol abaixo das expectativas vem refletindo em um rendimento bem inferior, por exemplo, ao de 2013, quando Oliveira chegou ao clube e também encontrou um grupo em formação.

Nas 14 partidas oficiais até o momento em 2015, a equipe azul obteve 69% de aproveitamento. Foram oito vitórias, cinco empates e uma derrota – 2 a 1 para o Tombense, no último domingo, no Mineirão, pelo campeonato estadual.

Há duas temporadas, o treinador havia obtido o impressionante aproveitamento de 95,2% nos 14 primeiros duelos, com 13 triunfos e um empate.

Nesta mesma altura do ano passado, a Raposa acumulava dez vitórias, dois empates e duas derrotas, com rendimento de 76,2%.

“Estamos em processo de reestruturação. Às vezes, as pessoas não entendem. Acho que o time já melhorou muito em relação ao início do ano, e tenho certeza de que ainda vai dar muitas alegrias para o torcedor”, justifica o atacante Willian.

De fora da equipe nas últimas seis partidas devido a uma contusão no púbis, o ex-titular deve ter o retorno confirmado para o confronto com o Mineros, da Venezuela, às 22h desta quarta-feira (8), pela Libertadores.

Willian admite que o Cruzeiro ainda está devendo um bom futebol e pede o apoio da torcida azul para recolocar a equipe no caminho das boas exibições. “A gente tem que voltar a apresentar aqueles bons jogos que a gente vinha fazendo. Contamos com a participação do torcedor, porque é jogo de Libertadores, aguerrido, de sangue nos olhos e muita inteligência. Vamos com calma e muita vontade, porque precisamos vencer”, avisa o atacante.

Outro remanescente da equipe bicampeã brasileira, o zagueiro Léo compartilha a opinião do companheiro. Para ele, os jogadores ainda estão assimilando as mudanças no elenco.

“São vários fatores que envolvem isso: o processo de início de ano, de mudança de jogadores... Foram muitas peças que chegaram, e tem ainda as características diferentes desses jogadores que chegaram e a questão do entrosamento”, analisa o defensor, pedindo paciência aos torcedores. “Isso aos poucos vai encaixando, e vamos mostrar a nossa força de acordo com a competição e o que acontecer nos jogos”, completa o camisa 3.

Visitante inusitado

Um fato curioso chamou a atenção dos jornalistas presentes nesta segunda-feira (6) na Toca da Raposa II. Ao chegarem ao centro de treinamentos celeste, os profissionais da imprensa se depararam com os portões fechados. Entretanto, não acontecia ali nenhuma atividade especial secreta elaborada pelo técnico Marcelo Oliveira, mas sim um trabalho do Mineros de Guayana, justamente o próximo adversário do time estrelado na Copa Libertadores.

Por mais estranho que possa parecer a preparação para um jogo tão importante dentro do “território inimigo”, os venezuelanos vivem complicada situação financeira no momento e, por isso, fizeram o acordo com o clube adversário.

Pelo lado celeste, os titulares fizeram uma atividade regenerativa na academia, enquanto os reservas foram a campo. Ausente da lista de inscritos da Libertadores, o meia Marcos Vinícius teve lesão detectada na coxa direita e está fora do primeiro jogo com o Atlético pela semifinal do Mineiro.
 

 

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