Comissária de bordo malha para ganhar resistência e manter a boa forma

Gláucio Castro
28/11/2015 às 09:21.
Atualizado em 17/11/2021 às 03:07
 (FREDERICO HAIKAL)

(FREDERICO HAIKAL)

“Atenção, tripulação. Preparar para a decolagem”. A comissária de bordo Stefani Umpierre, de 26 anos, passa a maior parte do tempo trabalhando a 11 mil metros de altura. O “escritório” dela é confortável e tem sempre uma temperatura agradável. Às vezes, balança um pouco, mas nada que assuste esta gaúcha de Campo Bom, que se mudou há quatro anos para Belo Horizonte.

Ao mesmo tempo em que uma olhada pela janela revela paisagens de tirar o fôlego, mostra que Stefani está praticamente “presa”. Impossível dar uma escapadinha para tomar um suco, ou um cafezinho com as amigas, por exemplo. Bem ao contrário do glamour que muita gente imagina, o trabalho dos comissários de bordo é árduo e chega a exaustivas 11 horas diárias. Isso sem contar o tempo gasto para ficar impecáveis, além do deslocamento para o aeroporto.

Diante de tanta correria, a musculação se tornou uma válvula de escape. “Se eu pudesse, eu faria sete dias por semana. Infelizmente meu trabalho não permite. Mas eu adoro. Musculação é minha paixão. Gosto tanto que pago duas academias, uma mais longe da minha casa, mas que tem horários mais flexíveis e dá para eu ir aos fins de semana quando estou em Belo Horizonte”, conta Stefani.

“Muitas comissárias preferem usar a folga para ficar em casa dormindo e comendo. Eu gosto de malhar”, brinca a gaúcha.
Stefani diz que, quando trocou o Rio Grande do Sul por Minas Gerais em função do trabalho, intensificou os treinos como forma de despistar a saudade da família. Mas o esporte sempre fez parte da vida da comissária, que já dançou, pedalou e fez ginástica olímpica. O exemplo veio de dentro de casa.

“Minha mãe é meu espelho, tanto no esporte quanto na questão da alimentação saudável. Hoje ela faz musculação, mas sempre correu e pedalou”, diz orgulhosa a filha da dona de casa Irema Umpierre, 49.

Pressurização

Apesar da paixão pela musculação, Stefani não é daquelas que querem cultivar um corpo lotado de músculos: “Nem combina com a minha profissão; busco apenas a definição, principalmente dos membros inferiores. Mas não acho legal para mim um corpo feminino muito musculoso.”

Recentemente, a comissária descobriu uma nova paixão. “Adoro fazer stand up paddle, mas isso só quando sobra um tempo maior ou tenho pernoite em alguma praia.”

Além de manter o corpo atlético, Stefani diz que a prática esportiva é importante durante o trabalho, já que passa a maior parte do tempo em pé e andando de um lado para o outro: “Me dá mais resistência. Pela pressurização, o corpo da gente incha muito e retem muitos líquidos. O exercício me ajuda em tudo na vida, inclusive no trabalho.”

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