(Divulgação)
Criado pela Fifa em 2011 por causa das denúncias de corrupção envolvendo as escolhas de Rússia e Catar como sedes dos próximos Mundiais, o Comitê Independente de Governabilidade (IGC, na sigla em inglês) divulgou sue relatório final nesta quarta-feira. O órgão avalia que a Fifa avançou na governabilidade e no combate à irregularidade, mas sugere mudanças estruturais. Segundo o IGC, a entidade máxima do futebol deveria colocar em vigor três ações: limitar a duração dos mandatos, publicar a remuneração dos dirigentes e incluir membros independentes em seu Comitê Executivo. "Ampliar as responsabilidades da Comissão da Auditoria e Conformidade para incluir a remuneração de altos cargos e dos servidores é um primeiro passo importante; sem embargo, para aumentar a transparência e a confiança pública, a publicação dos honorários dos cargos mais importantes é um passo necessário", diz parte do relatório. Liderado pelo suíço Mark Pieth, o estudo também salientou que "certos membros do Comitê Executivo não se comprometem suficientemente com a mudança e consideram que as reformas aplicadas não são necessárias". De acordo com o relatório, a limitação dos tempos de mandato não deve se restringir apenas ao cargo de presidente, ocupado por Joseph Blatter desde junho de 1998. "O IGC enfatiza que a limitação da duração de mandatos é um componente-chave da boa governabilidade”. A Fifa deve discutir as conclusões do estudo e as eventuais aplicações em junho, durante reunião do Comitê Executivo que acontecerá no Brasil.