Confiança perdida entre os protegidos de Felipão

Alberto Ribeiro - Hoje em Dia
27/04/2014 às 09:40.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:19
 (Jefferson Bernardes/VIPCOMM )

(Jefferson Bernardes/VIPCOMM )

Luiz Felipe Scolari iniciou seu trabalho na Seleção Brasileira com um prazo incômodo: teria pouco mais de um ano para montar o grupo que disputará a Copa do Mundo. A missão era dificultada pelo fato de o antecessor, Mano Menezes, ter deixado mais dúvidas do que certezas em seus dois anos no cargo. Mas, em apenas quatro meses, o comandante já tinha um time, um estilo de jogo bem definido e uma ideia clara para o futuro da equipe canarinho, coroada com a conquista da Copa das Confederações.
 
A desconfiança foi trocada pela esperança e a certeza de que o time verde e amarelo fará bonito na maior festa do futebol mundial. Agora, 46 dias separam o Brasil da Copa do Mundo. E, apesar de ter o grupo bem definido e pronto na sua mente, faltando 10 dias para a convocação final, Felipão convive com um bolo recheado de problemas na mesa de trabalho.
O principal deles se refere ao aproveitamento de seus principais personagens no título da Copa das Confederações. E quem encabeça essa lista é o seu principal astro. O edema no quarto metatarso do pé esquerdo, sofrido recentemente, levanta a questão se Neymar estará pronto ou não para a disputa do Mundial.
 
Mas não é a contusão a maior preocupação da comissão técnica. Os problemas extracampo do camisa 10, como a negociação “nebulosa” com o Barcelona, além da fase técnica no clube catalão, é mais um problema para Scolari.
 
Apesar disso, mesmo com tantas indefinições, o comandante mostra tranquilidade. “Se vocês forem a Barcelona, vão ver que o Neymar está tranquilo. O time dele é que não está bem. Ele vai ser recebido na Seleção da mesma maneira como sempre foi e vai se adaptar ao nosso estilo de jogo, que é diferente do Barcelona. Tenho zero preocupação com ele”, garante o treinador.
 
CONFIANÇA
 
Um outro destaque da Copa das Confederações também enfrenta um momento difícil. Titular absoluto, o goleiro Julio Cesar hoje defende o modesto Toronto FC, do Canadá.
 
Ao contrário de Neymar, Julio Cesar está longe de ser unanimidade entre os torcedores. O fato de participar de uma liga fraca, a americana, jogando em um clube de um país que nunca participou da Copa do Mundo, aumenta ainda mais o receio das arquibancadas.
 
Porém, Julio é homem de confiança de Felipão. Prova disso é que ele foi o primeiro jogador garantindo pelo treinador na Copa. Suas defesas importantes e o espírito de liderança na Copa das Confederações ganharam a confiança o treinador.
 
RESERVA
 
Outros dois protagonistas em 2013 também vivem um “inferno astral”. São os casos do volante Paulinho e do atacante Fred. O primeiro, grande herói na semifinal contra o Uruguai, no Mineirão, quando fez o gol da vitória por 2 a 1, vive uma fase instável no Tottenham, da Inglaterra. Desde a contusão no tornozelo direito que o deixou quase um mês sem treinar com o time, no fim de dezembro, Paulinho perdeu espaço na equipe inglesa e amarga a reserva, apesar de ter participado de alguns jogos como titular.
 
Já Fred, recuperado de uma grave lesão na coxa direita, mas com a forma física comprometida pelos cinco meses de inatividade, ainda busca o melhor ritmo.
 
Porém, o goleador vem fazendo bonito e dando mostras de que a torcida pode ficar animada com seu aproveitamento no Mundial. Nas últimas três partidas, ele balançou as redes quatro vezes.
 
A preparação da equipe canarinho para a Copa do Mundo começa no dia 26 de maio, em Teresópolis. E a estreia no Mundial será dia 12 de junho, contra a Croácia, na Arena Corinthians, em São Paulo. Antes disso, o time tem dois amistosos: no dia 3 de junho, contra o Panamá, em Goiânia, e 6 de junho, com a Sérvia, no Morumbi.

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