Conheça as estratégias do programa Mulher no Esporte para crescimento feminino nas Olimpíadas

Da Redação
Hoje em Dia - Belo Horizonte
03/08/2021 às 14:16.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:35
 (Rafael Bello/COB )

(Rafael Bello/COB )

Com o objetivo de manter a crescente das mulheres nos Jogos Olímpicos, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) tem criado alternativas para impulsionar o contingente de brasileiras. Uma delas trata-se do programa Mulher no Esporte, que consiste em ajudar as mulheres na construção do caminho, não apenas nas arenas, mas também no treinamento e na gestão do esporte.

De acordo com o COB, o primeiro passo do projeto é fazer um diagnóstico para descobrir quem é essa mulher atleta do Brasil: onde começou, o que conquistou, com quem treinou, quais suas referências na carreira, que impacto figuras femininas tiveram em sua trajetória, entre outros tópicos. As esportistas estão sendo incentivadas a responder um questionário de forma anônima no escritório do COB na Vila Olímpica. A partir daí, integrado com diversos setores do COB, o projeto irá propor atuações, como ressalta a coordenadora do programa, Isabel Swan, medalhista de bronze, em Pequim, na vela.

“Queremos trazer mais mulheres para o esporte, mais técnicas, mais atletas, mais gestoras, que possam imprimir um olhar mais feminino. É muito importante criar um ambiente inclusivo para que a mulher possa performar bem e trazer o resultado. O homem busca resultado para se sentir incluído, a mulher precisa se sentir integrada para prosseguir em busca de seus objetivos”, afirmou Isabel. 

Outro ponto abordado por Swan é a importância de se evitar a evasão feminina na puberdade devido às diversas mudanças que as mulheres passam durante o período.  

“Existe muita evasão no esporte feminino na puberdade. A menina entra na puberdade, o corpo vai mudando, vai virando uma mulher e esse processo precisa ser acompanhado”, afirmou a medalhista olímpica.

As mulheres representam quase metade da delegação em Tóquio. Nos Jogos Olímpicos 2020, o Brasil tem 46,8% de mulheres na equipe. No universo de todos os esportistas em ação no Japão, a porcentagem feminina é 48,8%. Em Paris 2024, a meta do COI (Comitê Olímpico Internacional) é que 50% sejam mulheres. 

Já nas comissões técnicas do Brasil, elas já representam 10% dos treinadores e 20% dos chefes de equipe em ação no Japão, mas ainda há muito espaço para crescimento, como destaca a coordenadora do programa, Isabel Swan, medalhista de bronze na vela em Pequim 2008.

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