Conquista do Brasileirão pelo Palmeiras passa por times que brigam contra degola

Estadão Conteúdo
09/10/2018 às 08:40.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:52
 (Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)

(Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)

Líder do Campeonato Brasileiro e dono da melhor campanha disparada do returno, o Palmeiras pavimenta o caminho para mais um título nacional diante de adversários que figuram na parte de baixo da tabela, realidade para metade dos seus dez concorrentes até a 38.ª e última rodada.

De acordo com o matemático Tristão Garcia, o caneco deste ano poderá ser erguido por quem atingir 78 pontos. Com 56 conquistados até aqui, a equipe de Luiz Felipe Scolari necessitaria, portanto, de mais 22.

Ou seja, se confirmar o favoritismo diante de Ceará, Paraná, América-MG, Vasco e Vitória, já serão 15 pontos garantidos. Restariam sete, que precisariam ser arrancados em meio a três duelos com rivais que brigam na parte de cima da tabela (Grêmio, Flamengo e Atlético-MG) e outros dois diante de times atualmente na zona intermediária (Santos e Fluminense).

Pode parecer presunção cravar cinco vitórias de véspera, como sonha o torcedor palmeirense, animado após a vitória de 2 a 0 sobre o São Paulo, mas o fato é que também soa improvável dizer que o time vai desperdiçar pontos quando esbanja confiança e efetividade.

"A gente sabe que a questão mental e a confiança ajudam nesse momento. Estamos fazendo a nossa obrigação, que é jogar bem e conseguir vitórias, como o professor (Felipão) ressalta", diz Paulo Turra, auxiliar de Scolari e encarregado de atender aos jornalistas após a vitória de sábado à noite no Morumbi.

O resultado positivo foi o sétimo em nove jogos disputados no segundo turno do Brasileirão. O Palmeiras ainda não perdeu após a virada de turno, já que cravou ainda dois empates. Com 23 pontos nesse período da disputa, o clube sobra em relação ao segundo melhor do returno, o Santos, de Cuca, que já conseguiu somar 18.

Por mais que precise dividir as atenções com a Copa Libertadores a partir do dia 24, quando inicia a semifinal diante do Boca Juniors, na Argentina, o Palmeiras já deu prova de sua capacidade de administrar bem os dois torneios - despachou o Colo-Colo, na fase anterior, justamente em meio à sua ascensão no Brasileiro.

Como se não bastasse o clima de otimismo pela sequência na tabela do Nacional contra oponentes que lutam para escapar do rebaixamento, há outros dois fatores que precisam ser levados em conta e contribuem para esta atmosfera favorável. Primeiro: três desses duelos (Ceará, América-MG e Vitória) terão o time de Felipão como mandante, condição que lhe confere atualmente a segunda melhor campanha em aproveitamento de pontos (82,05%) - somente o Inter (84,62%) se sai melhor. Segundo: quatro dessas cinco partidas contra adversários mais fracos fecharão a participação palmeirense no campeonato, quando será possível, inclusive, que um ou mais rivais já estejam rebaixados e joguem sem maiores pretensões.

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