Conselho do Cruzeiro aprova balanço financeiro de 2018, mas coloca 'ressalvas por investigaçõees'

Guilherme Piu
@guilhermepiu
Publicado em 06/02/2020 às 23:05.Atualizado em 27/10/2021 às 02:33.
 (Guilherme Piu)
(Guilherme Piu)
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Com bastante atraso o balanço financeiro do Cruzeiro referente ao exercício de 2018 foi, enfim, aprovado. Em reunião ordinária do Conselho Deliberativo da Raposa na noite desta quinta-feira (6), e que contou com a presença de 231 conselheiros, houve a aprovação, mas com ressalvas.

Um dos conselheiros presentes e que discursou no púlpito instalado no salão nobre do Parque Esportivo do Barro Preto pediu que as investigações envolvendo membros da gestão passada fossem acompanhadas de perto pelo Conselho Deliberativo. 

A mesa diretora na reunião foi composta pelo presidente interino do Cruzeiro, José Dalai Rocha, o presidente interino do conselho deliberativo, Paulo Sifuentes, o primeiro secretário da mesa do conselho, Waldeyr Estevão, e membros do conselho gestor, como Gustavo Gatti, Alexandre Faria, Emilio Brandi, Anisio Ciscotto e Jarbas Lacerda.

Convidado por Dalai Rocha, o ministro do Superior Tribunal de Justiça João Otávio Noronha também compôs o grupo à mesa durante a parte inicial da reunião. 

Em seu discurso, o presidente interino do Cruzeiro pregou a paz e pediu que haja unificação política no clube. 

"Nós todos somos cruzeirenses, somos uma família. Nunca entendi esse nós e eles. Até hoje, toda vez que passo por cima do nós e eles, revejo pancada de xiitas. Para onde nos leva isso? Nós sabemos para onde, para o chão que é onde nós estamos hoje. Vamos continuar nos separando com olhar raivoso? Vamos acabar com isso! Esse cotidiano de ódio, de raiva é o que estamos vivendo. A eleição parece que não acabou e já está misturando com a próxima. (...) Não me permitiria ficar sem essa palavra de conciliação. Chega de nós e eles. Somos irmãos, não somos adversários", disse em seu discurso.

Bagunça

Os bastidores incendiados do Cruzeiro e os conflitos políticos fizeram o balanço financeiro do ano de 2018 do clube não ser apreciado. Na ocasião os membros efetivos do Conselho Fiscal renunciaram ao cargo por discordâncias nas movimentações da gestão de Wagner Pires de Sá. Até mesmo os suplentes também deixaram seus postos, cabendo a um terceiro grupo afirmar que não haviam irregularidades em movimentações finaneceiras e contratos do clube. 

Diferenças

A "segunda versão" do balanço financeiro do exercício de 2018 chamou muito a atenção pela diferença de valores entre um e outro no que diz respeito ao déficit do período. No ano passado o documento apontava um déficit de R$ 27.236.795,00. Na versão atualizada e corrigida o montante superou a casa dos R$ 73 milhões. 

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