(Bruno Cantini/Atlético)
Era o embate do ataque mais positivo do Campeonato Brasileiro e a defesa mais vazada da competição. O Atlético precisava recuperar os pontos perdidos em casa contra o Vasco, mas acumulou a segunda partida seguida sem vencer no torneio, ao perder de 1 a 0 para o Vitória, em Salvador.
Em um primeiro tempo de erros e pressão, o Galo criou duas oportunidades de gol escancaradas. Logo nos segundos iniciais do confronto, Ricardo Oliveira recebeu bola limpa na entrada da área dos baianos, e voltou a cometer o mesmo erro que protagonizou diante do Botafogo: chute de canhota - perna fraca - para fora.
O castigo quase viria na sequência, em ataques consecutivos do Leão da Barra contra o gol de Victor. O camisa 1 do Galo fez importantes defesas, além de contar com a trave em lance de bola parada. O Atlético quase não ultrapassava a linha de ataque.
Mas, nas poucas vezes que o fez na reta final do jogo, chegou a assutar novamente, e, de forma inacreditável, não abriu o marcador. Elias pegou sobra de escanteio na cara do gol, era só chutar com capricho para marcar. Mas a finalização foi na base do susto, e em cima do arqueiro Ronaldo.
No segundo tempo, Thiago Larghi parecia insatisfeito com a atuação e fez duas substituições. Lucas Cândido no lugar do amarelado Zé Welison e Luan na vaga do apagado Nathan. O camisa 27 era arma defensiva, com desarmes, mas também construia jogadas.
A melhora foi significativa, com o Atlético conseguindo prevalecer o estilo de jogo apoiado. Em jogada na ponta direita, a bola foi cruzada rasteira pelo camisa 27, e passou sem ser tocada na zaga, com Elias e Ricardo Oliveira se jogando de carrinho.
Pouco depois, entretanto, seria um ataque errado do Galo que originaria o gol da vitória dos Rubro-Negros. Chará tentou driblar, foi desarmado e no contra-ataque veloz dos adversários, um chute violento da direita carimbou a trave de Victor. No rebote, Léo Ceará empurrou para dentro.
Era o Vitória saindo da zona de rebaixamento, e o Atlético perdendo a chance de entrar no G-4 (vagas diretas na fase de grupos da Libertadores). O Galo ainda teve uma outra oportunidade do empate com Denilson, que entrou no lugar do apagado Ricardo Oliveira. Ele, entretanto, não conseguiu direcionar o chute em passe recebido na ponta.
O Atlético ainda teve uns últimos momentos de emoção quando Juan Cazares decidiu tentar a façanha da final da Copa do Brasil 2016. Chute de longa distância, atrás do círculo central, que obrigou o goleiro Ronaldo a espalmar para escanteio. Já nos acréscimos, a esperança terminou quando Chará isolou uma sobra de bola na ponta da área. Era o fim e uma derrota a mais na conta.
VITÓRIA 1X0 ATLÉTICO
Vitória: Ronaldo; Jeferson, Lucas Ribeiro, Ramon e Benítez; Leonardo e Rodrigo Andrade (Willian Farias); Rhayner (Lucas Fernandes), Neilton e Yago (Bryan); Léo Ceará. Técnico: Paulo Cesar Carpegiani
Atlético: Victor; Emerson, Gabriel, Iago Maidana e Fábio Santos; Zé Welison (Lucas Cândido) e Elias; Chará, Cazares e Nathan (Luan); Ricardo Oliveira (Denilson). Técnico: Thiago Larghi
Gols: Léo Ceará, aos 24'/2ºT
Arbitragem: Leandro Bizzio Marinho, auxiliado por Daniel Luis Marques e Daniel Paulo Ziolli. Trio de São Paulo
Cartões amarelos: Zé Welison, Iago Maidana e Chará (CAM); Léo Ceará e Jeferson (VIT)
Público: Não divulgado
Renda: Não divulgado