Contra sanções da Conmebol, Cruzeiro dá palestra à torcida sobre proibições na Libertadores

Guilherme Piu
26/02/2019 às 20:16.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:43
 (Divulgação/Cruzeiro)

(Divulgação/Cruzeiro)

Jogo de Libertadores faz o torcedor se empolgar, mas se depender da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) a festa nos estádios brasileiros sofrerá restrições importantes. É que a entidade proíbe uma série de ações que, costumeiramente, são feitas pelas torcidas em diversos países, principalmente no Brasil.

Por causa dessas restrições, o Cruzeiro convocou na tarde desta terça-feira (26) membros de torcidas organizadas ligadas ao clube para informar sobre tais proibições, que se descumpridas geram multa aos clubes, perda de mando de campo e até outras sanções mais graves.

 O encontro aconteceu na Toca da Raposa II com a presença das organizadas Máfia Azul, Geral Celeste, China Azul, Pavilhão Independente, Cachazeiros, Torcida Jovem do Cruzeiro e Torcida Fanati-Cruz.

Representantes do Estádio Mineirão e funcionários do Cruzeiro que se envolvem com as partidas de futebol também estiveram presentes.  

O mediador da reunião foi o advogado e ouvidor do Cruzeiro, Edison Travassos, que também é o interlocutor do time cinco estrelas junto à Conmebol.

Para se ter ideia, a Conmebol colocou em regulamento que está proibido, por exemplo, o uso de fogos de artifício no artigo 25 de seu Regulamento de Segurança. O que inviabiliza o espetáculo conhecido como “Rua de Fogo” no momento da chegada do ônibus da equipe no Mineirão.

Além disso também estão proibidas outras ações, como levar Bandeirões ao estádio, apitos, guarda-chuvas (mais comum nos países vizinhos, como Argentina), papel picado, papel higiênico e laser.

Apesar de no Brasil ser considerado contravenção penal, o ato de soltar foguetes na porta do hotel da equipe adversária também está na lista de proibições da entidade.

Cerveja pode?

O artigo 25 do Regulamento de Segurança da Conmebol também prevê proibição em relação a bebidas alcóolicas. Até por isso o Atlético se precaveu e não vendeu cerveja no primeiro jogo do clube no Independência.

Contra o Danubio, do Uruguai, o torcedor atleticano reclamou da não comercialização da bebida. O clube, em contato com o Hoje em Dia, respondeu que procurou a Conmebol, já que há legislação estadual permitindo venda de cerveja nos estádios de Minas Gerais.

Como o departamento jurídico do clube alvinegro não havia recebido resposta até o dia da partida contra o Danubio, a diretoria atleticana preferiu não correr riscos, vetando a comercialização de cerveja.

Apesar do veto para aquele momento, existe a possibilidade de que na partida desta quarta-feira, contra o Defensor, também no Horto, possa haver comercialização de bebida alcóolica. 

Bafômetro?

A Conmebol também proíbe a entrada de torcedores em estado de embriaguez nos estádios. Por isso, pode haver até o uso de bafômetro para controlar o acesso de quem estiver bêbado em dias de jogos (veja o artigo 26 do Regulamento de Segurança abaixo). Essa prática não é comum no Brasil, mas em países vizinhos é mais corriqueira. Em partidas no Paraguai a polícia local tem costume de usar o equipamento para vetar que bêbados adentrem às dependências dos estádios.

Proibições impostas pela Conmebol em jogos da Libertadores

- Atirar objetos no gramado;

- Bombas, apitos e guarda-chuvas;

- Rolos de papel, papel picado e laser;

- Músicas que incitam o vandalismo ou outros tipos de violência;

- Repressão aos árbitros, tanto no lado externo quanto interno dos estádios;

- Utilização de fogos de artifício no hotel das equipes adversárias;

- Bandeirões.

O que é permitido pela Conmebol em jogos da Libertadores

- Bandeiras com até dois metros, mas sem o mastro

 - Bandeirolas de até 1,5 metro

 - Tirantes de 90 cm com espaçamento de cinco metros entre elas

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