Contratações do rebaixamento: reforços entram para a história do Cruzeiro de forma negativa

Luciano Dias
09/12/2019 às 14:42.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:58
 (Reprodução/Cruzeiro)

(Reprodução/Cruzeiro)

O Cruzeiro começou a temporada com praticamente o mesmo time de 2018, ano marcado pelo bicampeonato da Copa do Brasil. Mesmo perdendo Arrascaeta em transação polêmica para o Flamengo, a equipe se apresentava forte. Para continuar brigando por títulos, a diretoria fez contratações pontuais.

Desembarcaram na Toca da Raposa no começo do ano Rodriguinho, Marquinhos Gabriel, Dodô, Jadson e Orejuela. Em março, a diretoria anunciou Pedro Rocha. Teve ainda a chegada de Ezequiel no segundo semestre. É possível dizer que, com exceção do colombiano Orejuela, as contratações cruzeirenses não vingaram e se afundaram no ano do fracasso para a Raposa.Reprodução/Cruzeiro

Em abril, em entrevista ao canal Fox Sports, o então vice-presidente de futebol, Itair Machado, teve a audácia de falar que o Cruzeiro deu um “chapéu” no Flamengo ao vender Arrascaeta e trazer para a Raposa Rodriguinho e Marquinhos Gabriel.

“Considero (um chapéu), até porque você tirando o Rodriguinho, em termos de produtividade durante toda a competição, eu sabia que o Marquinhos Gabriel podia nos dar esses números, porque o Arrascaeta é muito bom jogador, faz gols em momentos decisivos, mas pela produtividade geral, anual, em alguns jogos, ele dá uma sumida do jogo. Por isso achei o valor pago muito bom, e com esse dinheiro o Marquinhos Gabriel veio, e pela esquerda já mostrou que é um jogador que tem um grande rendimento. E a gente ainda conseguiu trazer o Rodriguinho, que no meio de campo está fazendo a diferença. Ainda temos nosso ídolo da torcida, que é o Thiago Neves”, afirmou Itair.

O tempo mostrou que Itair Machado estava (muito) errado. Enquanto o uruguaio se mostrou peça importante em um Flamengo histórico, os contratados da Raposa sumiram no decorrer de 2019. Em julho, um quadro de lombalgia tirou Rodriguinho da temporada.

Marquinhos Gabriel também começou o ano mostrando entrosamento no setor ofensivo do Cruzeiro. Mas, junto com a crise técnica que atingiu o elenco, virou alvo de críticas pela irregularidade.

O lateral-esquerdo Dodô chegou para fazer sombra ao inconstante Egídio. Mas, o reforço também não agradou e foi reserva na maior parte da temporada.

O volante Jadson foi contratado para ser mais uma peça para um calendário que se desenhava estafante para a Raposa. O ex-jogador do Fluminense não convenceu Mano Menezes, Rogério Ceni, Abel Braga e Adílson Batista.

Já o atacante Pedro Rocha desembarcou em BH como reforço de peso. O golaço contra o Atlético, na partida de ida das quartas de final da Copa do Brasil, na vitória por 3 a 0, no Mineirão, pode ser considerado um feito isolado para o atleta, que decepcionou em 2019.

Em agosto, chegou o atacante Ezequiel, ex-Sport, indicado por Rogério Ceni. O jogador não conseguiu render em um time bagunçado. Em três meses, o atleta trabalhou com três treinadores e sairá do clube sem deixar saudade.

São seis contratações que não vingaram. Jogadores que entraram para a história do clube de forma negativa como “os reforços do ano trágico para o Cruzeiro”.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por