(Lucas Figueiredo/CBF)
A vitória por 2 a 0 do Brasil sobre a Costa Rica “nasceu” aos 46 minutos do segundo tempo, com Philippe Coutinho, e foi encerrada com Neymar, aos 52.
A eliminação da atual campeã Alemanha, diante da Coreia do Sul, foi graças a uma derrota por 2 a 0 construída com gols nos acréscimos.
Não é só impressão. O Mundial da Rússia é sim a Copa do Terceiro Tempo. E os números são uma prova quando se faz a comparação dos 32 jogos da fase de grupos de 2018 com 2014, no Brasil.
É claro que isso tem relação com a implantação do VAR, pois as consultas da arbitragem ao vídeo, para a tomada de decisões, devem ter o tempo acrescido no final de cada etapa das partidas.
Mas a utilização da nova tecnologia representou apenas 47 minutos a mais (um tempo de jogo), num universo de 32 partidas (cerca de 1’30” por confronto), na comparação entre os dois últimos Mundiais. Um tempo curto para tantos feitos alcançados.
No que mais interessa, que é o resultado final do jogo, a vitória do Brasil e a eliminação da Alemanha são apenas dois exemplos dos nove confrontos desta Copa que tiveram o seu resultado definido após os 90 minutos regulamentares, contra quatro em 2014.
Os gols marcados no “terceiro tempo” foram 17 agora em 2018. Há quatro anos no Brasil, 11 bolas entraram na rede quando a partida já estava no tempo extra da segunda etapa.
Apesar de não ter acontecido nenhuma expulsão neste Mundial nos acréscimos, contra uma em 2014, no Brasil, quando se compara o número de cartões amarelos mostrados pelos árbitros após o período regulamentar, a diferença impressiona (20 a 9).
Neste sábado (30) começa a reta final da Copa da Rússia. E as 16 seleções que seguem na briga pelo título carregam a certeza de que o jogo só termina mesmo quando acaba.