Crise na área: Atlético e Cruzeiro vêm sofrendo com ineficiência de seus centroavantes

Alexandre Simões e Thiago Prata
@oalexsimoes @ThiagoPrata7
26/10/2020 às 17:52.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:53
 (Bruno Cantini/Atlético Gustavo Aleixo/Cruzeiro)

(Bruno Cantini/Atlético Gustavo Aleixo/Cruzeiro)

As realidades são completamente diferentes. O Atlético está em terceiro lugar e na briga pelo topo da Série A do Brasileiro, enquanto o Cruzeiro ocupa o 18° posto na Segunda Divisão e tenta evitar mais um rebaixamento em sua história. Mas apesar de cenários e objetivos antagônicos, existe um ponto em comum entre os arquirrivais mineiros: os dois sofrem com a falta de um centroavante goleador.

Os chamados ‘homens-gol’ dos dois clubes não estão confirmando essa alcunha. E isso influencia diretamente nos planos dos times. Não se trata de apontar ‘culpados’, mas é notório que se Sasha e Marrony estivessem com os pés calibrados, o Galo poderia estar na liderança da competição, condição perdida há duas rodadas.

Quanto à Raposa, com Marcelo Moreno, Thiago e Sassá em baixa e o jovem Zé Eduardo ainda sem espaço dentro da equipe, os resultados positivos custam a aparecer, o que vem sendo crucial para a péssima campanha dos celestes, até agora, na Série B. 

Alvinegros x gol

Marrony era a referência de ataque de Jorge Sampaoli durante um período na temporada. Tido como atleta promissor e que custou R$ 20 milhões aos cofres atleticanos, o atacante soma três gols em 15 partidas no campeonato, o que significa uma média de 0,2 por jogo. O número, apesar de aquém do esperado, é superior ao de Sasha, atual titular da posição, com 0,15 tento por partida (marcou dois).

Na última rodada, contra o Sport, ambos estiveram em campo (Sasha deu lugar a Marrony), mas nenhum deles foi capaz de evitar o 0 a 0 do placar. Aliás, foi a segunda vez no Brasileirão que o alvinegro deixou de estufar as redes – a primeira, a derrota por 1 a 0 para o Internacional. Foi também o reflexo da má pontaria dos centroavantes do Galo. 

Carência celeste

Na Toca II, a situação não é muito diferente neste aspecto, mas os danos vêm sendo maiores, por motivos óbvios. Esperava-se que atletas como Marcelo Moreno e Sassá, pela experiência que possuem, resolvessem os problemas do sistema ofensivo cruzeirense. Não é o que vem acontecendo. O boliviano tem na conta somente dois gols nesta Série B.

Já Sassá e Thiago – este até emplacou alguns bons momentos no início do ano – sequer deixaram suas marcas no certame. Enquanto isso, Zé Eduardo não vem recebendo oportunidades, apesar do apelo feito pela China Azul. Ao todo, ele só participou de 19 minutos no torneio. E Felipão já disse que a responsabilidade não pode cair nos ombros dos mais jovens do plantel.

Em suma, se esses centroavantes ficarem apenas no ensaio de uma volta por cima, na prática, Atlético e Cruzeiro podem acabar fracassando em suas respectivas missões. 

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