Crise na CBF derruba primeiro diretor da entidade

Folhapress
14/06/2015 às 17:43.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:28

A crise na CBF, deflagrada com a prisão do ex-presidente, José Maria Marin, já derrubou o primeiro diretor da gestão Marco Polo Del Nero. Menos de dois meses depois da posse do cartola, o jornalista Marcelo Netto deixou o cargo de diretor de comunicação da entidade.

Netto não aparece na sede da confederação há mais uma semana. Ele se desentendeu com a cúpula da entidade logo após a prisão de Marin na Suíça, no dia 27 de maio. Como diretor de comunicação, ele foi contra a estratégia adotada por Del Nero na crise.


De estilo reservado, o jornalista se recusou a comentar sobre a sua saída da CBF. Del Nero já escolheu o substituto de Netto. O novo diretor de comunicação será o jornalista Fernando Mello, atual assessor do presidente do Palmeiras, Paulo Nobre. A CBF atravessa a maior crise da sua centenária história. Ex-comandante da entidade até abril, Marin está preso acusado de receber propina na venda de direitos de transmissão de torneio no Brasil e no exterior.


Del Nero, suspeito de participar do esquema, nega participação. O atual mandatário da CBF era o principal executivo da gestão de Marin, que se iniciou em 2012 após a renúncia de Ricardo Teixeira. Na próxima semana, o Senado deverá nomear os integrantes da CPI que investigará a confederação.

Antes de chegar na CBF, Netto foi assessor de Antônio Palocci, ex-ministro da Fazenda do governo Lula. Em 2006, Palocci foi exonerado depois de se envolver num escândalo com o caseiro Francenildo dos Santos Costa, que denunciou ter visto o ministro em reuniões com lobistas em uma mansão em Brasília.


O então ministro foi acusado de ter solicitado a quebra de sigilo bancário de Francenildo ao então presidente da Caixa Econômica Federal, na tentativa de causar desconfianças sobre o depoimento do caseiro. Netto foi acusado de ter vazado as informações à imprensa, de acordo com a Polícia Federal.


O caso chegou ao Supremo Tribunal Federal, que decidiu pela absolvição da acusação do ex-ministro e do jornalista em 2009.

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