Cruzeirense decide rifar medalha da Libertadores de 97 para ajudar pequeno torcedor

Henrique André - Hoje em Dia
19/10/2015 às 20:18.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:07
 (Arquivo Pessoal)

(Arquivo Pessoal)

Até onde vai a solidariedade? Às vezes, ela não tem limite. No caso do jornalista e escritor, Anderson Olivieri, o desejo de fazer o bem extrapola o zelo por uma medalha da Copa Libertadores de 1997, conquistada pelo Cruzeiro, que ganhara do ex-presidente do clube, Zezé Perrela.

Autor de livros oficiais do clube e torcedor fanático da Raposa, Olivieri decidiu leiloar a medalha para ajudar o pequeno Matheus, homenageado neste domingo (18) por jogadores e torcedores, antes do duelo contra o Fluminense.

Matheus, que sofre de uma doença rara, precisa de um transplante de intestino, que é feito nos Estados Unidos. Para ajudar nas despesas, o "amigo desconhecido" criou uma rifa.

 

Veja o post de Olivieri, em seu blog:

"Já contei aqui como a medalha da Libertadores de 1997 veio parar na minha mão. Foi graças ao livro Anos 90: um campeão chamado Cruzeiro, lançado em 2012. Estive no gabinete do hoje senador Zezé Perrella, para convidá-lo ao lançamento do livro e presenteá-lo com um exemplar da obra. Fui retribuído com a medalha, que decorava a estante do ex-presidente do Cruzeiro. Saí do gabinete quase flutuando. Tinha em mãos uma raridade, um objeto que era símbolo máximo da vitoriosa década de 1990. Desde então, sempre repeti que, se fosse só pela medalha, escrever Anos 90: um campeão chamado Cruzeiro já teria valido a pena. Tudo ficou ainda melhor com o sucesso de vendas do livro, o que sempre tratei como “recompensa acessória”. A principal continuava sendo a medalha. Resumidamente, esta é a história da medalha que, não vou mentir, sempre imaginei que passaria à minha filha. Ou filho, caso mais para frente a vida me presenteie com um garotão. Tinha certeza que essa relíquia da Libertadores de 97 romperia várias gerações da minha família. Mas me enganei. Há uma urgência em jogo que me estimula a renunciá-la. Uma urgência que, confesso, desde que revelada, me impacienta em busca de formas de ajuda. Refiro-me à história do Matheus, que ontem entrou em campo com Willian Bigode e, mais uma vez, emocionou a todos. Esse pequeno guerreiro precisa de um delicado transplante de intestino, que é feito nos Estados Unidos. Várias pessoas têm se mobilizado para custear a cirurgia. Há uma corrente do bem em prol da causa. Decidi participar com o que tenho de mais raro e valioso, a medalha da Libertadores de 1997. Portanto, quem quiser concorrer, basta adquirir uma ou mais cotas da rifa que, a partir de amanhã, estará à disposição aqui, neste post, para aquisição. E se meus filhos um dia me perguntarem da medalha que lhes legaria, direi a eles, orgulhoso, que a troquei por um troféu de inestimável valor: a vida do Matheus. Eles compreenderão."

 

Os torcedores que quiserem participar da rifa devem acessar http://www.rifadigital.com.br/a-medalha-e-sua-matheus1

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