Cruzeirenses dão show na arquibancada e superam 100 mil pagantes no Mineirão em 2018

Guilherme Guimarães
gguimaraes@hojeemdia.com.br
04/02/2018 às 19:44.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:08
 (Guilherme Guimarães)

(Guilherme Guimarães)

O jogo valia a liderança isolada do Campeonato Mineiro, motivo que já fazia o ingresso valer a pela. Com promoção ainda por cima, fez com que os torcedores do Cruzeiro vestissem o uniforme azul estrelado, e, sem se preocupar com a chuva, invadissem o Mineirão no horário nobre do futebol dominical no Brasil. 

Foi uma festa completa, de música, cerveja gelada, boa comida e futebol no novo Gigante da Pampulha, que recebeu um dos melhores públicos de sua recente história e viu o Cruzeiro disparar na classificação. 

Com os 47.499 pagantes nesta tarde de domingo (4), o clube superou cem mil pagantes no ano, contando os jogos com o Tupi (33.187) e Uberlândia (23.467). No total 104.153 torcedores pagaram para assistir a Raposa em 2018 só em jogos do Campeonato Mineiro.

Do lado de fora, mesmo com a garoa, os torcedores curtiram as atrações preparadas para o pré-clássico, como show musical, food-trucks e os bares localizados do lado Sul da Esplanada. 

Dentro do Mineirão um caldeirão foi formado. Bandeiras hasteadas no setor amarelo inferior agitaram os torcedores logo na entrada dos times em campo. Assim que as equipes estavam perfiladas para a execução do Hino Nacional explodiram os fogos de artifício e a torcida do Cruzeiro subiu os dois bandeirões. Estádio explodiu nesse momento. “Cruzeirão cabuloso” estava escrito em uma das gigantescas bandeiras.

Teve Bandeirão. Festa nas arquibancadas para a entrada dos times em campo. Torcida saudou o @Cruzeiro com os dois bandeirões e show pirotécnico. pic.twitter.com/ahIMYkEozy— Guilherme Guimarães (@guilhermepiu) 4 de fevereiro de 2018

No telão a contagem de torcedores presentes ao estádio gerava ansiedade pelos números finais do público em um domingo que teve o tempo nublado, mas muita euforia do lado celeste.

Minutos antes de a bola rolar os torcedores interagiam com a TV Mineirão. A antiga “câmera do beijo”, quando o torcedor ou a torcedora eram “chamados” a beijar a namorada ou namorado, foi substituída pela “beije sua camisa”. E foi uma tremenda brincadeira. Muitos seguraram o uniforme e mostraram amor ao pavilhão estrelado no manto azul ou branca.

Quando a bola rolou o futebol não foi tão vistoso, mas o jogo se decidiu apenas no segundo tempo, na individualidade do meia Arrascaeta. Guilherme Guimarães/Hoje em Dia

45 minutos 
A Raposa dominou o primeiro tempo e teve as melhores chances de gol. O América conseguiu assustar o goleiro Fábio apenas nos acréscimos da etapa inicial.  

Durante o intervalo a torcedores do América protagonizaram cenas lamentáveis no corredor dos bares do Mineirão. Uma discussão com tentativas de agressão física foi registrada pela reportagem. Membros da “Barra Una e Seita Verde” brigaram e a polícia precisou comparecer ao local para manter a ordem.

Apesar da presença dos militares, não houve uso de força física ou registro de ocorrência pela discussão. 

90 minutos
No segundo tempo rolou o tão esperado grito de gol. E foi depois de uma pintura do meia Arrascaeta, que acertou um voleio perfeito após cruzamento na medida do lateral-direito Edílson. O semblante de alegria dos cruzeirenses se contrastava com a expressão de incredulidade com o golaço digno de um camisa 10.Guilherme Guimarães/Hoje em Dia


O gol fez a torcida cruzeirense delirar. Logo que o uruguaio balançou as redes o Mineirão explodiu em festa. O lado azul cantou diversos sucessos das arquibancadas em alto e bom som, como a música “Explode coração na maior felicidade, é lindo o meu Cruzeiro, contagiando e sacudindo essa cidade”. 

Enquanto o torcedor celeste comentava, os americanos tocavam seus instrumentos de percussão como marcha fúnebre, sem qualquer cântico. Apenas o barulho dos pratos e surdos eram ouvidos. 

A euforia do golaço se misturou com uma tentativa frustrada dos cruzeirenses em subir um de seus bandeirões. Aí sim houve uma pequena manifestação de americanos: “que vacilão, que vacilão”. Nada que atrapalhasse a imensa festa estrelada no Gigante da Pampulha. 

Se houve expectativa antes do jogo em relação ao público, ao fim dos 90 minutos a confirmação do show azul e branco. Mais de 50 mil presentes e número superior de 47 mil pagantes. Matemática impressionante da arquibancada em um campeonato local. O torcedor na saída do estádio dizia: “imagina na Libertadores”.

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