Cruzeiro busca maior virada de sua história para eliminar Boca Juniors e seguir na Libertadores

Alexandre Simões
asimoes@hojeemdia.com.br
03/10/2018 às 21:59.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:47
 (Bruno Haddad/Cruzeiro/Divulgação)

(Bruno Haddad/Cruzeiro/Divulgação)

Se passar pelo Boca Juniors, da Argentina, nesta quinta-feira (4), a partir das 21h45, no Mineirão, e alcançar as semifinais da Copa Libertadores, o Cruzeiro estará decretando a maior virada da sua história.

Reversões de placares já aconteceram na trajetória cruzeirense, e a primeira grande taça do clube, a Taça Brasil de 1966, veio assim, com um 3 a 2 no jogo de volta sobre o poderoso Santos de Pelé, após perder o primeiro tempo por 2 a 0.

Na decisão da Supercopa de 1991, diante do maior rival do Boca Juniors, o River Plate, o Cruzeiro perdeu a ida, em Buenos Aires, por 2 a 0, e fez 3 a 0 na volta, no Mineirão, ganhando uma taça que poucos acreditavam.

Neste ano mesmo, na decisão do Campeonato Mineiro, diante do Atlético, precisava de dois gols de diferença para recuperar uma taça que não levantava há três temporadas, e fez 2 a 0.

“O mais importante é o desempenho. É escolher uma maneira de jogar e executá-la bem. Construir uma estratégia todos juntos, acreditar nela e fazer as coisas aconteceram dentro do campo”Mano Menezes

Mas em nenhum desses momentos havia um universo tão negativo, tanta coisa contrária, como acontece agora nesta partida de volta das quartas de final da Copa Libertadores.

CONTEXTO

Apesar de propagar a marca de “La Bestia”, denominação dada pelos chilenos, na Copa Libertadores, contra os argentinos, o Cruzeiro é na verdade o freguês. Em seis confrontos de mata-mata anteriores, venceu apenas o primeiro, a decisão de 1976, diante do River Plate.

Depois perdeu a final de 1977, para o Boca Juniors, carrasco novamente nas oitavas de 2008, quando foi aberta a série de fracassos cruzeirenses recentes diante de argentinos dentro do Gigante da Pampulha.

Em 2009, perdeu a final para o Estudiantes. Em 2014 e 2015, caiu nas quartas de final, a mesma fase deste momento, diante de San Lorenzo e River Plate, respectivamente.

GOLS

Além do histórico ruim contra argentinos, em mata-matas de Libertadores, há ainda a dificuldade recente do time de Mano Menezes em marcar gols.

Hoje, o Cruzeiro precisa vencer pelo menos por 2 a 0 para levar a decisão da vaga nas semifinais para os pênaltis. Como mandante, a última vez que a Raposa conseguiu este placar foi em 13 de maio, contra o Sport.

Vitória por três ou mais gols de vantagem, a última foi em 24 de abril, os 7 a 0 sobre a Universidad de Chile pela fase de grupos da Copa Libertadores.

EM CASA

Há ainda um outro aspecto atual. O jogo contra o Boca Juniors será o quinto confronto de mata-mata do Cruzeiro, no Mineirão, pelas duas copas em que briga pela taça. E o time não venceu os quatro confrontos anteriores.

Perdeu para Santos (2 a 1) e Flamengo (1 a 0), pelas quartas da Copa do Brasil e oitavas da Libertadores, respectivamente. E diante de Atlético-PR e Palmeiras, pelas oitavas e semifinais da Copa do Brasil, ficou no 1 a 1 com os dois adversários.

Se conseguir o 2 a 0, o Cruzeiro leva a decisão da vaga para os pênaltis. O Boca já viveu isso quatro vezes em mata-matas de Libertadores contra brasileiros, a primeira na final de 1977, contra a própria Raposa, e venceu todas.

Contra fatos não há argumentos. Se o Cruzeiro chegar às semifinais da Copa Libertadores de 2018 terá alcançado a maior virada da sua história.

TIMES

A grande aposta de Mano Menezes na busca pela virada é o uruguaio Arrascaeta, recuperado de lesão muscular e que não participou do jogo em Buenos Aires. O zagueiro Dedé, que foi expulso lá, teve a suspensão anulada pela Conmebol, que considerou o cartão vermelho um erro do árbitro paraguaio Eber Aquino.

No lance da expulsão de Dedé, o goleiro Andrada sofreu fratura no maxilar e fica pelo menos mais um mês afastado dos gramados. Rossi entra em seu lugar. O atacante Benedetto, machucado, não veio a Belo Horizonte, e Zárate jogará improvisado no comando do ataque.

FICHA DO JOGO

CRUZEIRO: Fábio; Edílson, Dedé, Léo e Egídio; Henrique e Lucas Silva; Robinho, Thiago Neves e Arrascaeta; Hernán Barcos. Técnico: Mano Menezes

BOCA JUNIORS: Rossi; Buffarini, Izquierdoz, Magallán e Mas; Wilmar Barrios, Nández e Pablo Pérez; Villa, Zárate e Pavón. Técnico: Guillermo Barrios Schelotto

HORÁRIO: 21h45 (de Brasília)
LOCAL: Estádio Mineirão, em Belo Horizonte
ARBITRAGEM: Andrés Cunha, auxiliado por Nicolás Tarán e Mauricio Espinosa (Uruguai) 
TRANSMISSÃO: Fox Sports

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