Não é exagero dizer que Belo Horizonte é hoje a capital do futebol brasileiro. Isso porque os dois principais clubes da cidade conquistaram os dois maiores títulos disputados por times do Brasil no ano: o Cruzeiro é campeão brasileiro e o Atlético-MG, da Libertadores. De quebra, os mineiros acabaram com a recente hegemonia dos times do eixo Rio-São Paulo.
Muito da boa fase dos dois rivais mineiros se deve ao fato de que ambos voltaram a ter "casa". Durante o período de reforma do Mineirão e do Independência, Cruzeiro e Atlético-MG viraram nômades. Eram obrigadas a mandar seus jogos no interior do Estado e, além de perderam a força de jogar em seu estádio, ainda viram as rendas de bilheteria despencarem.
Em 2012, com a reabertura do Independência, o Atlético-MG fez ótima campanha no Brasileirão e garantiu vaga na Libertadores. Assim, transformou o estádio no seu alçapão e atingiu a incrível marca de 38 jogos sem derrotas. Chegou à decisão da Libertadores, que, por imposição da Conmebol, foi realizada no Mineirão. Isso, no entanto, não o impediu de ser campeão.
Já o Cruzeiro esperou o Mineirão reabrir em 2013 para adotar uma "casa". E os resultados não poderiam ser melhores. O clube quadruplicou a média de público em relação ao ano passado, viu a renda crescer em igual proporção e, dentro de campo, obteve ótimos resultados. Tudo isso coroado com a conquista, nesta quarta-feira, do terceiro título brasileiro da sua história.
A boa fase dos mineiros coincide com momentos dramáticos das equipes do eixo Rio-São Paulo. Enquanto o Palmeiras encarou a Série B do Campeonato Brasileiro em 2013, Fluminense e Vasco lutam para não disputá-la na próxima temporada. Os mais saudosistas já dizem que Minas revive os seus tempos dourados, época de Tostão no Cruzeiro e Reinaldo no Atlético-MG.
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