Viagem exaustiva, adversário pouco conhecido e a famigerada altitude. Inicialmente, esses são os três obstáculos que o Cruzeiro terá que ultrapassar para estrear bem na Copa Libertadores, quarta-feira (12), contra o Real Garcilaso, às 22h (de Brasília), em Huancayo, no Peru. A Raposa está no Grupo 5, que conta ainda com Universidad de Chile e Defensor (Uruguai), que se enfrentam quinta-feira, às 20h, em Santiago.

A delegação estrelada deixou Belo Horizonte na segunda-feira (10), às 6h, e o desembarque no local da partida estava previsto para o início da noite. Foram três escalas em São Paulo, Lima e Jauja, de onde a Raposa seguiu de ônibus até Huancayo.

Nesta terça (11), o técnico Marcelo Oliveira comanda treino no local do duelo, que fica a 3.200 metros acima do nível do mar. Na atividade, ele definirá o companheiro de Dagoberto no ataque. Borges, com lesão muscular, não viajou. Willian, Marcelo Moreno e Júlio Baptista são as opções, além do meia Ricardo Goulart, que poderia ser adiantado.

“O que muda, se não tiver um atacante fixo, é que teremos que chegar mais na área. O Marcelo vai cobrar bastante entrar ali, finalizar. A gente que joga pelo lado tem um pouco mais de dificuldade. A formação que ele optar temos que estar prontos para exercê-la”,diz Willian.

Das quatro possibilidades, o boliviano Marcelo Moreno é o jogador mais acostumado com a altitude. Apesar disso, ainda não se encontra 100% fisicamente. Willian já passou pela situação, quando defendeu o Corinthians, em 2011. “Único jogo que peguei foi no México. Fui cortado da partida contra o Cruz Azul, mas treinei e senti o quanto que é chato. Mas é uma coisa que vamos ter que encarar”, ressalta o atacante.

Independentemente de quem for escolhido, Marcelo Oliveira está ciente de que terá dificuldades. “Não teremos moleza. O Real Garcilaso marca muito, corre muito, mas temos toda a confiança de que vamos fazer um bom jogo”, aposta.