Cruzeiro encara Internacional buscando façanha que apenas o Santo André conseguiu

Alexandre Simões
02/09/2019 às 17:34.
Atualizado em 05/09/2021 às 20:23

Apenas uma quadra, no centenário bairro do Barro Preto, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, separa a mais tradicional sede do Cruzeiro, onde o clube praticamente iniciou sua história nos tempos de Palestra Itália, da Igreja de São Sebastião, padroeiro do clube. Mas nesta quarta-feira, quando a Raposa decide a sorte nas semifinais da Copa do Brasil, os cruzeirenses estarão se apegando ao Santo André.

Não ao santo propriamente dito. Mas ao clube do ABC Paulista que adotou seu nome e, nas 30 edições de Copa do Brasil já disputadas, é o único que conseguiu alcançar a façanha de se classificar para a decisão da competição após perder o jogo de ida das semifinais como mandante.

Na edição de 2004, o Santo André perdeu a partida de ida da semifinal para o 15 de Novembro, do Rio Grande do Sul, em São Paulo, por 4 a 3. Na volta, disputada no Olímpico, em Porto Alegre, porque o estádio de Campo Bom, sede do time gaúcho, não tinha a capacidade de público exigida, o time paulista conquistou a vaga na final vencendo por 3 a 1, de virada.

Curiosamente, o 15 de Novembro era treinado por Mano Menezes, que deixou o Cruzeiro há menos de um mês e que despontou para o futebol brasileiro levando a equipe do interior gaúcho às semifinais da Copa do Brasil, torneio que ele venceu nos dois últimos anos pela Raposa.

Histórico

O Cruzeiro esteve envolvido em três das 16 vezes em que um mandante da partida de ida das semifinais foi derrotado.

Em 2003, quando conquistou a Tríplice Coroa, vencendo o Campeonato Mineiro, a Copa do Brasil e a primeira Série A por pontos corridos no mesmo ano, a Raposa fez 3 a 2 no Goiás, na ida das semifinais, no Serra Dourada, e garantiu a vaga ganhando por 2 a 1 no Mineirão.

As outras duas oportunidades são mais recentes. Em 2016, perdeu por 2 a 0 para o Grêmio, no Mineirão, e foi eliminado em Porto Alegre com um empate sem gols.

No ano passado, fez 1 a 0 no Palmeiras, no Allianz Parque, e chegou à segunda final seguida com o 1 a 1 no Gigante da Pampulha.

Nesta quarta-feira, ganhando por um gol de diferença, o Cruzeiro leva a decisão da vaga na final para os pênaltis.

Vencendo por dois ou mais gols de vantagem, se classifica diretamente para a decisão contra Grêmio ou Athletico-PR. O Colorado joga pelo empate.

Passado

A marca da campanha dos inéditos bi em sequência e hexa no geral, em 2018, foi justamente vencer fora de casa, pois o Cruzeiro ganhou seus quatro jogos como visitante, mas apenas um como mandante.

A situação é diferente, pois, em 2018, a Raposa foi visitante nas oitavas, quartas e semifinais, diante de Athletico-PR, Santos e Palmeiras, respectivamente, e na decisão, contra o Corinthians, tinha vencido a ida, no Mineirão, por 1 a 0. Portanto, sempre o adversário buscando o placar.

De toda forma, tudo o que a equipe de Rogério Ceni precisa na próxima quarta-feira, no Beira-Rio, é repetir as façanhas do time de Mano Menezes no ano passado.

Só não pode repetir o futebol, o de 2019, como aconteceu em grande parte da vitória por 1 a 0 sobre o Vasco, no último domingo, no Mineirão, pelo Brasileirão.

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