
Antes de a bola rolar no Mineirão para Cruzeiro e Guarani, na noite desta segunda-feira (9), os capitães de cada time – Fábio, da Raposa, e Crispim, do Bugre – e o quarteto de arbitragem pousaram com uma faixa.
Nos dizeres: "O silêncio também mata. Não se cale! Denuncie! Estamos no enfrentamento à violência contra a mulher".
A faixa traz um alerta a uma realidade brasileira. Segundo dados oficiais do Ministério da Saúde de 2019, uma mulher é agredida por, ao menos, um homem a cada quatro minutos e sobrevive.
Entre março e agosto deste ano, uma mulher era assassinada a cada nove horas.

A faixa, de certa forma, também repercute o caso Mariana Ferrer. Assim como várias outras agremiações do país, o Cruzeiro se manifestou, no último dia 3, contra a decisão do juiz no julgamento de um empresário de Santa Catarina; o magistrado acatou a 'argumentação' do promotor e determinou o caso como 'estupro culposo'.
O clube celeste, publicou, em suas redes sociais a mensagem: “Estupro é estupro! Em qualquer lugar. Em qualquer situação. Chega de violência contra a mulher. Para denúncias, ligue 180”.
O empresário foi acusado de estuprar a influencer Mariana Ferrer, de 23 anos, em uma festa em 2018. Na sentença, o juiz acatou que o empresário não teve “intenção” de estuprar. Este tipo de crime não está previsto por lei.
Estupro é um tipo de agressão sexual geralmente envolvendo relação sexual ou outras formas de atos libidinosos realizado contra uma pessoa sem seu consentimento.