Cruzeiro já tem mais chances de acesso, embora sejam pequenas, que de rebaixamento na Série B

Alexandre Simões
@oalexsimoes
Publicado em 07/12/2020 às 09:04.Atualizado em 27/10/2021 às 05:14.
 (Gustavo Aleixo/Cruzeiro)
(Gustavo Aleixo/Cruzeiro)

A goleada de 4 a 1 do Cruzeiro sobre o Brasil-RS, no último sábado (5), no Mineirão, muda o foco do time na Série B do Campeonato Brasileiro. E nas 12 rodadas finais, o objetivo passa a ser a difícil busca de uma vaga no G-4, grupo que garante o acesso à Primeira Divisão. E isso é matemático, pois a Raposa tem neste momento mais chances de subir que de cair.

O resultado sobre a equipe de Pelotas deixou o time de Luiz Felipe Scolari, que ocupa a 11ª posição, com nove pontos a mais que o 17º colocado Figueirense, que abre a zona de rebaixamento, e também a nove pontos do Cuiabá, que fecha o G-4.

Cruzeiro Brasil-RS 2020 Série BA goleada sobre o Brasil-RS, que teve um golaço de Rafael Sóbis, deixou o Cruzeiro com mais chances de acesso à Série A que de rebaixamento à Série C

Mas quando se recorre às chances, o site Probabilidades no Futebol, mantido pelo Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mostra que é mais fácil o Cruzeiro subir para a Série A, do que ser rebaixado à Série C.

São de apenas 5,9% as probabilidades de volta à elite dos cruzeirenses neste momento. Mas de cair, os cálculos apontam apenas 1,1%.

Até o que pode parecer dificuldade, pelo retrospecto, surge como um ponto que não deixa de ser positivo para a Raposa. Dos 12 jogos restantes, cinco serão no Mineirão e sete fora de casa. Mas é justamente como visitante que a Raposa tem se dado melhor nesta Série B.

No Gigante da Pampulha, o aproveitamento é de apenas 45,24%, com 19 pontos conquistados em 42. Isso faz do Cruzeiro o quinto pior mandante da Segundona, melhor apenas que Náutico (44,44%), Figueirense (38,46%), Botafogo-SP (30,56%) e Oeste (21,43%).

Em compensação, como visitante, só tem aproveitamento inferior ao dos dois primeiros colocados, Chapecoense e América, que conquistaram 61,90% dos pontos disputados fora de casa. A Raposa ganhou 58,33%. São 21 pontos em 36.

Discurso x realidade

Na noite do último sábado, Felipão, em entrevista coletiva, já mostrou um pouco de esperança, por mais que o discurso siga baseado em pés no chão: "Não vamos mudar o discurso, nem fazer nada diferente, até ter atingindo a pontuação mínima para respirar. Vamos vendo os resultados e como a equipe vai estar. Dependendo dos resultados, podemos ter uma situação confortável. E ainda pensar em alguma coisa no futuro, se os resultados forem satisfatórios. Senão, vamos manter o objetivo de fazer 43 pontos, que eu acredito ser o necessário para estar fora (do Z-4). Pode haver outra estratégia do futuro. Enquanto isso, vamos continuar trabalhando da forma como estamos trabalhando". A matemática mostra que a preocupação de Scolari já pode mudar.

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