Neste momento pós-jogo contra o Boca Juniors, da Argentina, quando o Cruzeiro foi derrotado por 2 a 0, em La Bombonera, na noite da última quarta-feira (19), todos os esforços da diretoria do clube é para anular a expulsão do zagueiro Dedé e poder contar com ele na partida de volta, dia 4 de outubro, no Mineirão.
Já a tarefa da comissão técnica é fazer, em menos de duas semanas, um ataque que tem números horríveis no ano marcar pelo menos dois gols no time argentino, para que se a defesa não tomar nenhum, decidir a vaga nos pênaltis.

Até agora, o Cruzeiro foi mandante 28 vezes no Mineirão nesta temporada. E ganhou apenas quatro vezes (14,3%) por mais de dois gols de diferença, sendo que três dessas vitórias foram no Campeonato Mineiro e uma na Copa Libertadores.

Aliás, a goleada na Libertadores, a única aplicada pelo time de Mano Menezes nas três principais competições que joga na temporada, foi a última do Cruzeiro em 2018. Diante de um adversário que em grande parte do tempo teve dois jogadores a menos em campo, a Raposa fez 7 a 0 sobre a Universidad de Chile, em 26 de abril, há quase cinco meses, ainda pela quarta rodada da fase de grupos.

 Depois dessa lavada sobre os chilenos, o Cruzeiro fez 16 partidas como mandante e apenas uma vez conseguiu um placar que não o eliminaria no tempo normal, que foi um 2 a 0 sobre o Sport, na quinta rodada do Brasileirão.

Após a parada para a Copa do Mundo da Rússia, foram 11 jogos do time de Mano Menezes no Mineirão, com apenas três vitórias e nenhuma delas com placar suficiente para garantir a vaga às semifinais da Libertadores diante do Boca Juniors.

MÉDIA DE GOLS DO CRUZEIRO COM MANO MENEZES (POR ANO)

A maior esperança ofensiva do Cruzeiro está depositada sobre o Arrascaeta, que está em tratamento de uma lesão muscular e nem foi a Buenos Aires com a delegação. A esperança da comissão técnica é poder contar com ele já na próxima quarta-feira (26), quando o time decide com o Palmeiras, no Gigante da Pampulha, uma vaga na final da Copa do Brasil. Na ida, no Allianz Parque, aconteceu uma vitória cruzeirense por 1 a 0.

Portanto, se fora de campo a batalha cruzeirense é para contar com Dedé na partida de volta contra o Boca Juniors, pois o presidente do clube, Wagner Pires de Sá, foi nesta quinta-feira (20) à sede da Conmebol, no Paraguai, tratar do assunto, fora das quatro linhas cabe a Mano Menezes dar ao seu time força ofensiva.

E todos os números mostram que colocar a bola na rede está sendo uma tarefa complicada para o Cruzeiro de Mano Menezes em 2018, ano em que o time comandado pelo treinador tem a sua pior média de gols marcados.

O CRUZEIRO COMO MANDANTE EM 2018 (EM NEGRITO E ITÁLICO AS GOLEADAS)