Cruzeiro quita dívida por empréstimo de Pedro Rocha com Spartak Moscou e evita punição na Fifa

Guilherme Piu
@guilhermepiu
06/08/2020 às 20:54.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:13
 (Bruno Haddad/Cruzeiro)

(Bruno Haddad/Cruzeiro)

Bruno Haddad/Cruzeiro

 Menos uma. O Cruzeiro quitou a dívida que tinha com o Spartak Moscou, da Rússia, pelo empréstimo do atacante Pedro Rocha, em 2019, e se livrou de sofrer punição administrativa da entidade que comanda o futebol mundial. O anúncio do pagamento de R$ 2.535.551,29 (400.564 euros), cujo último dia para quitação era esta quinta-feira (6), foi feito durante a "Live do Presidente" em transmissão ao vivo no Youtube. 

De acordo com Sérgio Santos Rodrigues o pagamento da dívida foi feito com a ajuda dos Supermercados BH e da construtora Emccamp, patrocinadores do Cruzeiro. E caso o clube não finalizasse a dívida com o clube russo, a punição seria ficar sem registrar inscrições de atletas no decorrer de 2020. 

“A gente mostrou o videozinho no começo. A TED já está feita, assinada, não sei se chegou na Rússia, pois está tarde. O sistema é eletrônico, mas demora um pouquinho. Ainda bem que mais um problema da Fifa a gente conseguiu resolver. Vi que a torcida hoje puxou movimento na rede social, falando do banco BMG (que seria o parceiro para pagar a dívida), mas não foi eles que ajudaram. O Cruzeiro tem um patrocinador, uma instituição financeira. Eu, particularmente, gosto muito e sou amigo do Ricardo Guimarães. Mas quem ajudou o Cruzeiro são os produtos que a gente vem fazendo e pessoas muito importantes para o clube. Dois deles estão na tela, e mando o meu abraço sempre, que são o Pedro Lourenço (um dos donos do Supermercados BH) e o Régis Campos, da Emccamp. Já estão colocados na tela, fica aqui meu forte abraço a eles. E que a torcida do Cruzeiro continue consumindo os nossos produtos e contribuindo para que isso ocorra. É a quarta dívida que a gente resolve em 65 dias desde que a gente chegou. Vamos trabalhar dia e noite para resolver todas elas”, disse Sérgio Santos Rodrigues.

Em nota publicada em seu site oficial o Cruzeiro "dissecou" os pagamentos feitos ao Spartak Moscou e à Fifa.

Foram 10 mil francos suíços por custas processuais (R$ 58,5 mil), R$ 461.397,93 de imposto de renda e R$ 9.935,41 de Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), totalizando R$ 3.065.384,63.

Outros pagamentos

O Cruzeiro já ultrapassou a marca de R$ 32,5 milhões em acordos de dívidas na Fifa. Além da pendência com os russos do Spartak Moscou, a Raposa pagou ao Zorya, da Ucrânia, pela contratação, em 2014, do atacante Willian Bigode (R$ 3,5 milhões), Tigres, do México, pela negociação envolvendo o atacante Rafael Sóbis (algo em torno de R$ 17 milhões). O valor não foi revelado pelo presidente celeste por causa de cláusula de confidencialidade, mas o dirigente disse que houve desconto de 90% do passivo. 

Houve também acordo com o Independiente del Valle, do Equador, pela contratação do zagueiro Kunty Caicedo, em 2016. O Cruzeiro revelou parcelamento em 18 vezes da dívida de algo em torno de R$ 10 milhões. O valor a pagar também não foi divulgado por questões de confidencialidade. 

Há ainda a pendência com o Al Wahda pela contratação do volante Denílson, em 2016, dívida que fez a Raposa perder seis pontos na Série B do Campeoanto Brasileiro de 2020. Se o Cruzeiro deixar de pagar mais de R$ 5 milhões poderá ser rebaixado à Série C. Fato que o presidente Sérgio Santos Rodrigues disse que não acontecerá. A dívida deverá ser paga nos próximos meses.

Um débito com o Unión Flórida, da Argentina, referente ao mecanismo de solidariedade da Fifa pela contratação do argentino Ramón Ábila, também foi resolvido pela atual gestão. Houve pagamento de R$ 600 mil e a previsão de mais de R$ 2 milhões por custas a serem pagos. 

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