A demissão do técnico Paulo Bento vai onerar os cofres do Cruzeiro, já que o ex-comandante seguirá recebendo da Raposa valores correspondentes aos seus salários até dezembro de 2017, período de validade do contrato que o treinador havia assinado com o clube celeste. A diretoria cruzeirense não confirma essa informação e nem dá detalhes mais “íntimos” do acordo que há alguns meses seduziu o comandante português a vir para o Brasil.
“A rescisão de contrato (de Paulo Bento) já tem umas previsões. Não tratamos de forma aberta. O que posso dizer é que não é nada muito diferente daquilo que os clubes brasileiros estão habituados. Cria-se um peso por ser um treinador estrangeiro. Ninguém queria interromper esse contrato, mas pelos fatores que enumerei, era o momento de organizar”, disse o diretor de futebol Thiago Scuro, em entrevista coletiva na última terça-feira, na Toca II.
Para tentar colocar fim aos boatos de que o Cruzeiro ainda arca com os vencimentos de antigos treinadores, como Marcelo Oliveira, Vanderlei Luxemburgo e Deivid, Scuro garantiu que apenas Paulo Bento é um “credor” da agremiação estrelada.
“O único treinador que o Cruzeiro paga é o Paulo Bento, que o clube está vendo como será a questão. Com os outros treinadores que já passaram pelo clube já não há nada mais pendente”, garantiu.
A diretoria do Cruzeiro não revelou detalhes contratuais do vínculo de Paulo Bento com o clube. Entretanto, informações extraoficiais dão conta de que os honorários do português e de sua comissão se aproximavam de € 165 mil (aproximadamente R$ 594 mil na cotação do dia 26 de julho de 2016). O que representa uma dívida futura de quase R$ 6 milhões. Isso, caso Paulo Bento não encontre um novo clube nesse período, fato que desobrigaria os celestes a quitarem tal valor.