Cruzeiro reencontra com a vitória diante da Portuguesa

Gazeta Press
18/07/2012 às 22:44.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:40
 (THIAGO BERNARDES/FRAME/AE)

(THIAGO BERNARDES/FRAME/AE)

A sequência de três derrotas que o Cruzeiro acumulou no Campeonato Brasileiro não é mais um problema para o técnico Celso Roth. A Raposa se aproveitou da péssima atuação de seu adversário nesta quarta-feira (18) e conseguiu colocar fim a sua incômoda série ao bater a Lusa por 2 a 0, em pleno Canindé.

O primeiro gol marcado pelo clube celeste saiu dos pés de Wellington Paulista. O atacante aproveitou a penalidade máxima que o árbitro sinalizou aos 34 do segundo tempo e chutou no canto esquerdo para abrir o marcador. Já aos 38, o lateral esquerdo Diego Renan partiu em velocidade e conseguiu colocar fim ao marcador com um forte chute por baixo do goleiro Dida.

Na próxima rodada, o Cruzeiro voltará para Minas Gerais, onde receberá o Flamengo. A Raposa agora soma 17 pontos na competição e volta a brigar com os primeiros colocados por uma posição no G-4. A Portuguesa, por sua vez, saiu de campo com sua terceira derrota seguida e permaneceu estagnada nos oito pontos. O time agora acende o sinal de alerta para não entrar de vez na zona do rebaixamento.

O Jogo
O intenso frio que atingiu São Paulo nesta quarta-feira não espantou apenas os torcedores do estádio do Canindé. O futebol que Portuguesa e Cruzeiro demonstraram dentro das quatro linhas também foi atingido pelo clima paulistano e proporcionou 90 minutos de baixa qualidade técnica e muitos chutões e faltas no meio-campo.

Os primeiros minutos de jogo foram marcados pela chegada de ambas as equipes pelas laterais do campo. Tanto Portuguesa quanto Cruzeiro alçaram a bola para dentro da área por diversas vezes, mas não ameaçaram os goleiros em nenhuma ocasião. Em uma das raras oportunidades que arrancaram aplausos dos torcedores, o meia Moisés cobrou falta da entrada da área e jogou rasteiro nas mãos de Fábio aos sete minutos.

A Lusa também sofria com a falta de movimentação dos atacantes rubro-verdes. O time não pôde contar com Ananias neste duelo e enfrentava a rigidez da dupla de área formada por Diego Viana e William Xavier. O ala Marcelo Cordeiro ainda tentava aproveitar a força física dos atletas, mas os seus companheiros não acompanhavam a sua linha de raciocínio e deixavam de graça com o arqueiro celeste.

Enquanto isso, o Cruzeiro aproveitava para crescer no duelo e arriscava de fora da área. William Magrão aproveitou sobra de muito longe e chutou para longe aos 12 minutos. Enquanto isso, o sumido Montillo tentava se desvencilhar da marcação imposta pelos três zagueiros da Portuguesa e buscava o jogo pelas laterais. Ao cruzar para a boca da área, Lima apareceu providencialmente e afastou para fora.

Ciente de que o seu rendimento não traria qualquer resultado convincente no duelo, a Lusa partiu para cima e criou sua melhor chance aos 17 minutos. O zagueiro Rogério subiu ao ataque e tentou o chute direto. No meio do caminho, o atacante Diego Viana colocou a cabeça na bola e viu o esférico passa muito perto da meta defendida por Fábio.

Em meio aos gritos de Celso Roth na beirada do campo, o Cruzeiro tentava se reorganizar na intermediária. Entretanto, os lusitanos continuavam na frente e mantinham o camisa 1 da Raposa aquecido. Aos 22 minutos, Ferdinando colocou a bola no meio das pernas de Tinga e tocou para Guilherme. O volante buscou o passe para William Xavier e obrigou o arqueiro a sair de seu gol para segurar na marca do pênalti.

A sequência do confronto foi marcada mais pelas faltas no meio-campo e pelos chutões que o time dava do que por qualquer outra investida. Os times ainda proporcionavam lances bizarros para os poucos torcedores localizados nas arquibancadas do estádio. Quando o marcador apontava 33 minutos, Diego Renan cruzou para dentro da área da Lusa e viu o estreante Ceará tentar um voleio na entrada da área. No entanto, o ex-jogador do Paris Saint-Germain escorregou na hora da conclusão e deixou de graça com Dida.

Pelo lado da Portuguesa, Diego Viana tentou aproveitar um cruzamento da esquerda de Marcelo Cordeiro com uma bicicleta. O jogador achou que a melhor alternativa seria uma bicicleta, mas não conseguiu sair do chão e isolou para a linha de fundo. O lance irritou ainda mais os torcedores, que soltaram uma sonora vaia após o árbitro apitar o fim da etapa inicial de jogo.

Embora os 45 minutos iniciais não tenham agradado o torcedor, o retorno dos dois times ao gramado deixou os cruzeirenses um pouco mais animados. Com a apatia rubro-verde, os jogadores da Raposa aproveitavam os espaços e conseguiam ameaçar Dida com mais qualidade. Já aos três, Borges recebeu passe após contra-ataque celeste e chutou cruzado. O tiro, entretanto, saiu fraco e possibilitou a defesa do goleiro lusitano.

A Portuguesa ainda tentou responder com Guilherme, mas o volante isolou a bola ao pegar da entrada da área. O lance deixou o Cruzeiro motivado e possibilitou nova chegada com perigo ao ataque. Aos sete minutos, William Magrão invadiu a área e foi ao chão. O jogador deixou a bola com Borges, que abriu para o chute de Wellington Paulista. O atacante arriscou da meia-lua e viu o tiro passar com perigo.

A apatia da Lusa forçou uma mudança estratégica na equipe. Preocupado, Geninho colocou Héverton e Ricardo Jesus no lugar de William Xavier e Diego Viana, respectivamente. O armador teve a chance de chutar para o gol já em sua primeira jogada na partida, mas um desarme providencial impediu a conclusão da jogada.

O Cruzeiro conseguiu responder ao ímpeto adversário com qualidade. Aos 14 minutos, lateral Ceará cruzou para dentro da área e viu a zaga afastar para longe. Na sequência, a bola foi cruzada para dentro da área e encontrou o peito de Wellington Paulista. O atacante dominou tranquilamente e chutou sem deixar o esférico tocar o chão. Contudo, o tiro saiu por cima do gol de Dida.

A apatia das equipes e a ineficiência apresentada na frente ampliaram as reações negativas da torcida cruzeirense. Os mineiros passaram a chamar o técnico Celso Roth de  e viram sua equipe manter a bola presa no sistema ofensivo. Sem qualquer objetividade, a Portuguesa viu a oportunidade de ameaçar e chutou com perigo aos 25. Héverton achou espaço e conseguiu assustar Fábio com um chute forte à esquerda do gol. O árbitro, no entanto, invalidou o lance após ver falta do atacante rubro-verde.

Mesmo com apatia demonstrada em campo, o Cruzeiro seguiu no ataque e chegou ao seu gol após Borges ser empurrado dentro da área. O zagueiro Rogério recebeu o cartão vermelho e viu dos vestiários o atacante Wellington Paulista chutar no canto esquerdo de Dida. No lance seguinte, o atleta quase ampliou ao receber de Montillo e tocar para fora na saída do goleiro adversário.

Sem esboçar qualquer reação no confronto, a Portuguesa foi completamente dominada pelo Cruzeiro e viu o lateral esquerdo Diego Renan aumentar a vantagem. O jogador partiu em velocidade pelo seu setor e estufou as redes ao chutar forte por baixo do goleiro Dida. O time celeste ainda ameaçou após Montillo recebe cruzamento aos 42 minutos. O jogador chutou forte e Ferdinando conseguiu tirar em cima da linha para livrar a equipe de uma derrota ainda mais amarga no Canindé. Borges também teve a chance de marcar o terceiro, mas, aos 45 minutos, chutou por cima uma chance incrível de dentro da área.

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