Cruzeiro revela novo gasto de ex-presidente em casa de entretenimento adulto e processa ex-cartola

Guilherme Piu
@guilhermepiu
25/06/2020 às 19:26.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:52
 (Bruno Haddad/Cruzeiro)

(Bruno Haddad/Cruzeiro)

Bruno Haddad/Cruzeiro

 O Cruzeiro foi à Justiça para tentar ressarcir valores gastos entre 2017 e 2019 pelo ex-presidente Wagner Pires de Sá. Essa declaração foi dada na tarde desta quinta-feira (25) pelo atual mandatário da Raposa. Sérgio Santos Rodrigues informou em live no canal oficial do clube no Youtube que uma ação de ressarcimento foi ajuizada pelo departamento jurídico celeste.

"O Cruzeiro já ajuízou uma ação de ressarcimento contra um ex-presidente do Cruzeiro que gastou valores indevidamente no cartão corporativo para fins que, certamente, não tem nada a ver com o futebol. Esperamos que essa ação gere logo os frutos. Essa é só a primeira das ações”, disse Sérgio Rodrigues.

Os gastos em cartões corporativos por parte de Wagner Pires de Sá foram feitos em estabelecimentos diversos, como bares, restaurantes, lojas de departamento e até casas de entretenimento adulto, conforme revelado em planilhas divulgadas há alguns meses pelos portais Uol, Superesportes e Deus me Dibre. 

“Descobrimos até um pouco mais. Não foi só casa de entretenimento adulto em Portugal não. Descobrimos também em Porto Alegre, que foi usado indevidamente o cartão corporativo do Cruzeiro, coincidentemente um dia antes do jogo contra o Internacional (jogo de volta da semifinal da Copa do Brasil de 2019). Tudo está anexado ao processo que corre em segredo de Justiça”, explicou o dirigente. 

Wagner Pires de Sá gastou R$ 184 mil no cartão corporativo do Cruzeiro, pagando, dentre outros, viagem ao litoral da Bahia e compra de chopps. Só em bares e restaurantes o gasto foi de R$
42.734. Em apenas um desses estabelecimentos o montante pago foi de R$ 13.133. 

Wagner Pires de Sá e outros ex-dirigentes são investigados por supostos crimes cometidos enquanto membros da diretoria do Cruzeiro. As investigações estão sob responsabilidade da Polícia Civil e do Ministério Público de Minas Gerais.

Um documento de 600 páginas foi entregue às autoridades com inúmeras movimentações financeiras da última gestão. Esse documento foi produzido pela Kroll, conceituada empresa de averiguações empresariais. 

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