
Em grave crise financeira, o Cruzeiro pretende acertar os pagamentos atrasados do setor administrativo do clube.
O conselho gestor da Raposa também espera poder pagar em dia os novos contratos acertados com membros do departamento de futebol.
Entretanto, em relação aos débitos pendentes com os jogadores e a comissão técnica, não há previsão de regularização.
Presidente do conselho gestor do Cruzeiro, Saulo Fróes comentou sobre os débitos com os funcionários.
" Realmente a gente está enfrentando uma situação um pouco difícil, para não falar quase impossível com o problema da falta de caixa. Nós realmente encontramos um cenário de guerra, porém as coisas estão caminhando muito bem. Nós já fizemos o pagamento da base e acredito que deva estar saindo, ainda nessa semana, a regularização de toda parte administrativa, talvez possa sair até o 13°. Então, as notícias estão clareando muito para o Cruzeiro, apesar que ainda a gente enfrenta uma dificuldade devido a dívida enorme que nos assumimos, sem caixa e sem recurso. Mas esse lançamento amanhã do sócio reconstrução vai ser o pontapé inicial para uma reconstrução de verdade do Cruzeiro", afirmou o dirigente, no evento de lançamento do prêmio "Melhores do Mineiro", realizado nesta quinta-feira (16), no Minas Tênis Clube.
A Raposa deve atualmente parte da folha de novembro, toda a de dezembro, além de uma parte do 13º salário do administrativo. Funcionários que tinham direito a tirar férias também não receberam os valores.

Futuro
Questionado se o clube vai ter recursos para cumprir o acordado com os jogadores neste início de ano para a seqüência da temporada, Fróes mostrou otimismo.
"Acreditamos que existe uma chance muito grande de pagar, é nossa ideia e nosso objetivo que os novos valores sejam pagos. O que nós estamos prometendo, temos a ideia de cumprir. Ainda não estamos com caixa. Nossa esperança é o lançamento do sócio torcedor reconstrução, que sabemos que não vai resolver, mas temos outros projetos pela frente, inclusive as novas modalidades de sócio, que possa adequar. Porém, nosso plano é que os pagamentos se regularizem a partir de fevereiro. Não estou falando dos contratos antigos, mas sim dos novos.
Já sobre as pendências com o departamento de futebol deixadas pela antiga gestão, o presidente do conselho gestor disse que é inviável a quitação desses valores neste momento.
" Em referência aos salários antigos não existe nenhuma possibilidade, pois são valores realmente fora de qualquer realidade e fora da nossa condição. Isso será como nos prometemos, sendo renegociado para mais de um ano, a partir de maio, em várias parcelas.