Cruzeiro tenta camarote extra na final sem sucesso; Atlético diz que cumpriu acordo

Guilherme Piu
17/04/2019 às 16:36.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:16
 (Divulgação/Cruzeiro)

(Divulgação/Cruzeiro)

Atlético e Cruzeiro definem neste sábado, a partir das 16h30, no Independência, o título do Campeonato Mineiro de 2019. Mas, antes do jogo propriamente dito, alguns assuntos que vão além das polêmicas de arbitragem também apimentam previamente o encontro dos dois arquirrivais.

Em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (17), o diretor de futebol do Cruzeiro, Marcelo Djian, disse que o clube terá à disposição apenas um camarote e 17  (na verdade por definição serão 18 pessoas) credenciais para membros da delegação azul no Independência. E que para aumentar esse número, a diretoria tentou comprar um camarote, mas não obteve sucesso na empreitada.

“Sempre que existe clássico lá (Independência), existem dificuldades. Não sei se vocês sabem, para esse jogo temos apenas um camarote de 17 pessoas. Tentamos comprar outro camarote, mas nem via estádio e nem via Atlético isso nos foi cedido”, contou Djian.

Em contato com o Hoje em Dia, o diretor de planejamento e marketing do Alvinegro não quis alongar a conversa. Ao ser perguntado sobre a não disponibilidade do camarote extra para o Cruzeiro, o dirigente foi protocolar: “O Atlético seguiu o que está na ata da reunião do clássico”, informou.

No tópico número 35 das considerações finais da ata da reunião do clássico, está mesmo previsto que apenas um camarote seja disponibilizado ao visitante. No entanto, mesmo querendo comprar um espaço a mais o Cruzeiro não conseguiu.

“O Atlético ressalva que, da mesma forma e nas mesmas condições oferecidas na partida do último domingo, destinará à delegação visitante um camarote com capacidade para 18 pessoas. O acesso ao referido camarote será limitado às 18 pessoas, não sendo permitido a presença de número de pessoas que exceda à referida quantidade. O Atlético não se responsabiliza pela segurança e integridade física de dirigentes, funcionários e torcedores do Cruzeiro que porventura desobedeçam a limitação em questão e circulem sem a respectiva permissão pelo estádio”, diz o tópico da ata de reunião, lavrada na última terça-feira. 

Palavra da Arena Independência

De acordo com o administrador da Arena Independência, Hélber Gurgel, o Cruzeiro solicitou um camarote a mais após todos os espaços Vip terem sido comercializados pelo Atlético. Portanto, como não havia mais lugares disponíveis o clube celeste não teve atendido o seu pedido.

Perguntado sobre a localização do camarote cruzeirense no jogo de sábado e se o local ficaria entre espaços adquiridos por atleticanos, Gurgel disse que a responsabilidade da comercialização dos espaços é do o Atlético.

Primeiro jogo

No Mineirão, na partida de ida, o Atlético, por ata de reunião daquele confronto, teria direito a dois camarotes. Entretanto, fez o uso apenas de um, mas comprou outros dois espaços vips para alocar membros de sua diretoria.

Após a partida foi possível ver muitos seguranças do clube no segundo andar do estádio, onde ficam os camarotes do Gigante da Pampulha. Por diversas vezes os funcionários do clube alvinegro usaram o elevador da imprensa para acompanhar dirigentes até o estacionamento.

Polêmica nos camarotes

No dia 19 de maio do ano passado, no jogo entre Atlético e Cruzeiro pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro, também no Independência, o camarote da diretoria azul ficou entre áreas vip de de atleticanos. O que ocasionou xingamentos, atos hostis e perturbação aos cruzeirenses presentes.

Naquela ocasião, os dirigentes do Cruzeiro afirmaram que havia, dentre os atleticanos nos camarotes vizinhos, um condenado da Justiça pela morte de um conselheiro cruzeirense. A diretoria do clube estrelado a época classificou o episódio como uma atitude que beirava o “fundo do poço”.

Colaborou Henrique André

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