Alex revela detalhes do jogo de despedida e conta bastidores de 2003

Hoje em Dia
29/05/2015 às 21:01.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:16
 (Vinnicius Silva)

(Vinnicius Silva)

O torcedor cruzeirense já sabe em que data se despedirá oficialmente de um dos seus maiores ídolos. Nesta sexta-feira (29), o ex-jogador Alex confirmou, ao lado da diretoria estrelada, que o reencontro com a China Azul ocorrerá no dia 27 de junho, um sábado, às 15, no Mineirão.   Em entrevista coletiva, o maestro do time que faturou a "Tríplice Coroa" em 2003 revelou que sua partida de despedida no Mineirão contará com dois times formados por ídolos celestes.    “Conversei com o Dirceu. Eu queria que estivesse aqui hoje. Ele não pôde participar por problema de saúde. Ele não deve poder jogar, o que é uma tristeza. Faço questão que Tostão jogue, é meu amigo pessoal. Outro é o Marco Antônio Boiadeiro, que deve jogar”, revelou o craque.   Segundo o diretor de marketing da Raposa, Marcone Barbosa, o Mineirão deverá receber torcedores em todos os setores. O preço dos ingressos, entretanto, não foi revelado.   “ Vamos abrir todo o anel inferior, a parte superior também será aberta. Teremos ingressos disponibilizados. Para lotar o estádio, sabemos que o ingresso é importante. Ainda definiremos preço dos ingressos, com possibilidade ainda de ingressos não serem comercializados. Isso dependerá de um pacote que vamos montar para atrair patrocinadores. Podemos até ter preço de ingresso simbólico. Todos os jogadores devem chegar a BH na quinta antecedente ao jogo, ou na sexta-feira. Traremos jogadores que marcaram época no futebol brasileiro. Alguns já confirmaram presença”, concluiu.   LEMBRANÇAS DE 2003   O maestro daquele time aproveitou para relembrar um pouco da campanha histórica. O eterno camisa 10 celeste fez questão de ressaltar sua relação pessoal com o time estrelado por causa daquele ano e contou um pouco dos bastidores daquela equipe, que encantou o país. Confira alguns trechos da entrevista abaixo.    Relação pessoal   “Hoje tenho uma filha de 11 anos porque joguei no Cruzeiro. Minha mulher teve de fazer tratamento grande, que Vanderlei e diretoria permitiram. Vanderlei mentia para vocês para eu poder viajar. Minha esposa precisou fazer esse tratamento e eu tive de me ausentar várias vezes. Na Vila Belmiro, contra o Santos, só cheguei para jogar, não concentrei. Minha relação com o Cruzeiro é muito forte”.   Ambiente   “Sábado de manhã, o Vanderlei fazia um encontro. Era um ambiente muito legal. Claro que facilitava, por poucas derrotas. Mas, foi melhor ambiente em que já joguei. Esse pessoal mais velho frequentava nosso ambiente. O jogo contra o Fluminense, quem entregou as faixas foi o time de 1966”.   Força do time   “Tacamos quatro no São Paulo, no Morumbi, o que não é normal. Não era um São Paulo qualquer. Jogamos no natural e fizemos quatro. No Couto Pereira, tocamos quatro. Na Arena da Baixada, tacamos cinco. Na Vila Belmiro, demos chocolate no Santos. O jogo que me chamou atenção foi o segundo do Brasileiro, contra o São Paulo. Vínhamos de jogo ruim contra São Caetano. Fomos ao Morumbi e tacamos quatro, o que foi pouco. Ali, entendemos que era time para fazer história. Era molecada que queria muito. Fora de campo, eles se divertiam muito. Aqui dentro, trabalhavam demais".   Engasgado   "Tinha desejo do cruzeirense que era grande (de conquistar o Brasileiro). O Cruzeiro era muito mais vitorioso e o atleticano batia no peito sobre o Brasileiro de 1971. Eu sentia que afetava o cruzeirense. Os jogadores formados aqui sentiam esse golpe. O Cruzeiro vinha passando perto e não conseguia. A intensidade daquele time era muito grande”.   Lembranças   “Acredito que nasci para vida nova. Joguei futebol desde os 9 anos. Trato o jogo mais da parte emotiva do que futebol. Eu me emociono com as histórias que tivemos. Gomes era um menino de 20 anos. Essas lembranças mexem mais. E há a oportunidade de voltar ao Mineirão e vestir a camisa do Cruzeiro. É uma oportunidade única. No jogo em si, vamos fazer uma festa, em sinergia com quem estiver na arquibancada. Faremos data legal para o cruzeirense, para lembrar algo que viveu como torcedor. Terá gente que gosta mais do Sorín. Terá gente que gosta mais do Nonato. Tentamos convidar o Révetria, que tem história importante no Mineirão. Eu só tenho a agradecer. É uma situação única”

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