Alma lavada: Fred desencanta, Cruzeiro bate o líder Santos e sai do Z-4 com ajuda do CSA

Bruno Inácio
18/08/2019 às 18:11.
Atualizado em 05/09/2021 às 20:03
 (Vinnicius Silva/Cruzeiro)

(Vinnicius Silva/Cruzeiro)

A torcida do Cruzeiro, que lotou o Mineirão neste domingo (18) para ver como o time iria jogar na estreia de Rogério Ceni, saiu do gigante da Pampulha com a alma lavada, com o sentimento de que o time que já deu tantas alegrias tem muito o que aspirar ainda na temporada, não podendo ficar apenas com fugir do rebaixamento como meta. Com ajuda do CSA, que venceu o Fluminense no Rio, a Raposa bateu o líder Santos, desencantou após 11 jogos sem vencer e saiu da zona da degola.

A vitória com autoridade por 2 a 0 sobre o time paulista coroou um futebol ofensivo, de criação e com muita entrega mostrado pelo time celeste que dominou a partida desde o início. O bom desempenho foi ajudado pelo torcedor, que apoiou do início a fim e mostrou uma sinergia que estava apagada nos últimos jogos do Cruzeiro.

Era um domingo que tinha tudo para ser difícil: o líder Santos vinha com tudo para ampliar a margem na ponta da tabela. O Fluminense, que havia sido derrotado pelo Atlético na última rodada, enfrentaria o CSA no Maracanã. E o Cruzeiro precisava que o tricolor carioca perdesse para, em caso de bater o Peixe, sair da zona de rebaixamento.

Mas tudo começou a mudar logo aos três minutos de jogo. Em um lance de Pedro Rocha, que ia sair cara a cara com Éverson para abrir o placar para o Cruzeiro, Gustavo Henrique fez falta clara, não marcada pelo árbitro Anderson Daronco. O gaúcho, contudo, expulsou o zagueiro santista após consultar o árbitro de vídeo.

Domínio

A torcida do Cruzeiro e o time, em sequência, aproveitaram o momento e colocaram o Santos em sufoco. Com agressividade, a Raposa fez boas infiltrações pelos lados direito e esquerdo, e a boa zaga alvinegra teve muito trabalho para segurar o marcador. E até pareceu mesmo que os líderes iam segurar a pressão, quando Fred jogou para fora o tempo ruim.

Aos 43 minutos do primeiro tempo, o atacante que entrou no lugar de Egídio ainda no primeiro tempo, recebeu de Fred na grande área após ótimo passe de Thiago Neves. Ele matou certeiro, abrindo o placar para a Raposa e levando o torcedor celeste ao delírio.

No segundo tempo, o jogo caiu, mas o Cruzeiro, mesmo sem apresentar um futebol vistoso, foi premiado pela entrega em campo. Logo no primeiro minuto, Thiago Neves, o melhor em campo no domingo, recebeu um presente de Fred, e finalizou da entrada da área, no canto esquerdo de Éverson.

2 a 0 no placar, três pontos na bagagem. Aí, foi hora de o torcedor do Cruzeiro pensar no jogo do Maracanã. É que o tempo passava, e o vice-lanterna CSA, que havia vencido apenas um jogo no campeonato e nunca havia batido o tricolor no Maracanã, era a única esperança para que a Raposa saísse do Z-4.

E quando tudo pareceu que ia ficar o mesmo, o impossível aconteceu. Aos 33 minutos do segundo tempo no Rio, Jonatan Gomez fez 1 a 0 para o CSA e, de quebra, fez a festa de duas torcidas ao mesmo tempo: alagoanos e celestes comemoraram o tento que ajudou a consolidar a Raposa fora da zona de descenso.

Na próxima rodada, Cruzeiro e CSA, que neste domingo foram aliados, voltam a ser rivais. No domingo (18), às 19h, a Raposa visita o time alagoano, no Rei Pelé.

Ficha do Jogo

CRUZEIRO 2 X 0 SANTOS

Motivo: 15ª rodada do Campeonato Brasileiro 2019

Local: Mineirão, em Belo Horizonte (MG)

Arbitragem: Anderson Daronco (RS), auxiliado por Rafael da Silva Alves (RS) e Élio Nepomuceno de Andrade Júnior (RS)

VAR: Caio Max Augusto Vieira (RN)

Gols: Fred, aos 43 minutos do primeiro tempo, e Thiago Neves, no 1º minuto da segunda etapa. 

Cartões Amarelos: Fred e Thiago Neves, do Cruzeiro

Cartão Vermelho: Gustavo Henrique, do Santos

Público: Não divulgado

Renda: Não divulgado

CRUZEIRO

Fábio, Orejuela, Dedé (Cacá), Fabrício Bruno, Egídio (Fred), Henrique, Dodô, Thiago Neves, Marquinhos Gabriel, David, Robinho e Pedro Rocha

Técnico: Rogério Ceni

SANTOS

Éverson, Evandro (Pará, depois Luiz Felipe), Lucas Veríssimo, Gustavo Henrique, Jorge, Diego Pituca, Carlos Sánchez (Alison) Felipe Jonatan, Derlis Gonzáles, Eduardo Sasha e Soteldo, 

Técnico: Jorge Sampaoli.

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