
Através de seu site oficial, a Conmebol confirmou nesta sexta-feira (14) que abriu uma investigação para apurar os fatos ocorridos no duelo entre Real Garcilaso e Cruzeiro, disputado na última quarta-feira, em Huancayo, no Peru, e que era válido pela primeira rodada do Grupo 5 da Copa Libertadores. Durante o confronto, torcedores do time inca protagonizaram cenas lamentáveis ao imitar um macaco a cada vez que o meia Tinga pegava na bola.
'A Unidade Disciplinar da Conmebol abriu uma investigação preliminar diante da denúncia recebida no dia de ontem (quinta-feira) por parte do Cruzeiro. O clube reclama que no jogo disputado no dia 12, contra o Real Garcilaso, torcedores do clube local mostraram conduta racista contra o jogador Paulo César Fonseca Nascimento 'Tinga'. Perante esta suposta comissão de infração disciplinar, a unidade disciplinar, em aplicação do Artigo 72 do Regulamento Disciplinar da Conmebol, decidiu iniciar uma investigação prévia que poderia concluir com a abertura de um expediente disciplinar ao clube peruano", informou a confederação em comunicado.
O curioso é que para chegar um veredicto, os membros da unidade disciplinar da confederação terão de escutar as partes envolvidas e assistir às imagens da partida, já que as ofensas racistas protagonizadas pela torcida peruana não foram relatadas, em súmula, pelo árbitro José Argote, da Venezuela.
Caso seja aplicada uma punição ao time peruano, ela deverá ser baseada no artigo 12 do regulamento da Conmebol. "Qualquer insulto ou violação à dignidade humana de outra pessoa ou grupo de pessoas, por qualquer meio, em razão da cor, raça, etnia, língua, credo ou origem" fará com que qualquer associação membro ou clube cujos torcedores realizem os comportamentos descritos anteriormente sejam "suspenso por um período mínimo de cinco jogos ou por um período tempo específico'.