Argentino com jeitinho mineiro, Marcelo Mendez comanda o Cruzeiro no Mundial

Felippe Drummond Neto - Hoje em Dia
05/05/2014 às 07:54.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:26
 (Eugênio Moraes)

(Eugênio Moraes)

Quem foi que disse que, para ser mineiro, basta apenas nascer no Estado? É preciso muito mais que isso. Ser calmo, receptivo, paciente, batalhador e, claro, comer bastante pão de queijo estão entre as características mais comuns dos nativos de Minas Gerais.

Levando isso em conta, tem argentino em Belo Horizonte que já pode ser considerado um legítimo representante da “terra do leite”. À frente do Sada/Cruzeiro nesta segunda-feira (5), na abertura do Campeonato Mundial de Clubes, no Mineirinho, Marcelo Mendez é apaixonado pela iguaria mineira.

E vai além: mais de cinco anos após chegar ao Estado, o técnico não apenas se sente em casa, como tem vários hábitos e costumes locais. “Adoro sair para comer com a minha família. A comida típica daqui é ótima. Um pouco gordurosa, mas muito saborosa”, avalia.

Entre um queijinho, um feijão tropeiro e os vários títulos que já conquistou com o clube – cinco só nesta temporada –, Mendez aproveita as folgas do trabalho para passear. “A cidade é muito agradável, o clima aqui nunca é ruim. Infelizmente, como trabalho quase todos os fins de semana, não consigo aproveitar como gostaria. Sempre que posso, também gosto de viajar para o interior do Estado para conhecer as outras cidades”, completa o treinador.

Além do tempo com a família – que ele trouxe para morar na capital no início deste ano –, Mendez aproveita o tempo livre para praticar outra paixão, o mountain bike. “Pego minha bicicleta e vou com alguns amigos fazer trilhas. Sempre gostei, mas não tinha uma turma para me acompanhar. Com o tempo, fui criando amizades e, hoje, sempre que aparece uma folguinha, vamos para o meio do mato”, comemora o argentino.
 
Reconhecimento

No comando do Cruzeiro desde 2009, ele chegou a todas as finais de campeonatos que disputou. Campeão mundial uma vez e vice, em outra, ganhou o Mineiro cinco vezes, tem dois títulos e dois vices da Superliga, é campeão da Copa Brasil, bicampeão Sul-Americano e do Torneio Internacional de Irvine, nos Estados Unidos.

A partir desta segunda-feira (5), até sábado, espera que esse “jeitinho mineiro” lhe ajude a conquistar mais um troféu do Mundial. Tudo isso lhe rendeu ainda a medalha da Inconfidência, mais alta comenda concedida pelo governo de Minas, atribuída a personalidades que contribuíram para prestígio e projeção do Estado.

Desafio agora é mais complicado que em 2013

]Completamente adaptado à capital, o técnico argentino de nascimento, mas mineiro de coração, Marcelo Mendez, tem o primeiro desafio pelo bicampeonato do Mundial de Clubes hoje. A equipe encara o Guaynabo Mets, de Porto Rico, às 20h, no Mineirinho, pelo Grupo A. Ele sabe que terá bem mais trabalho neste ano, se quiser repetir o título conquistado em 2013.

Apesar disso, confia nos jogadores e afirma que, se o time conseguir manter o ritmo e a qualidade que demonstrou durante toda a temporada, o troféu chegará. “Se jogarmos bem, é muito difícil alguma equipe nos superar. Mas também sabemos que, do outro lado, haverá adversários de qualidade”, analisa.

Ele ressalta que a disputa agora é mais complicada. “Desta vez, teremos não apenas o time russo como grande adversário. O Al Rayyan investiu pesado na competição: levou o central cubano Simón, que é um dos melhores do mundo na posição. O UPCN também mostrou que pode surpreender, além, claro, dos russos e campeões europeus do Belogorie Belgorod, e do Trentino”, prevê.

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