Canhotos! Éverton Ribeiro assume papel que foi de Tostão e Alex

Pedro Artur - Hoje em Dia
08/11/2013 às 07:58.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:00
 (Washington Alves)

(Washington Alves)

Pelo lado esquerdo pulsa o coração, com toda a carga de paixão. Mas, a esquerda do Cruzeiro, em pelo menos três grandes momentos na disputa de títulos nacionais, tem o envolvimento de outro órgão vital, o cérebro.

Tostão, em 1966, e Alex, em 2003, eram os responsáveis pela articulação das jogadas, por “pensar” o jogo. E agora essa tarefa recai sobre Éverton Ribeiro, outro meia criativo e que está conduzindo o time rumo à conquista de mais um título brasileiro.

Além de ditarem o ritmo de seus times, esses canhotos têm outras características comuns, como o drible fácil e a chegada, vindo de trás, para os arremates à meta adversária.

Basta lembrar o belo gol marcado por Éverton Ribeiro, que deixou para trás defensores santistas e bateu forte, no canto, sem chance para o goleiro Aranha, na vitória por 1 a 0, na Vila Belmiro.

“Quando eu driblei o primeiro, abriu um clarão. Daí eu entrei na área e fui passando. Quando abriu o espaço, eu vi o Aranha no meio do gol, aí eu chutei no cantinho, fazendo um belo gol. Foi um gol bonito, mas o mais importante foi que ele nos deu a vitória e mais um passo importante para o título”, disse.

O resultado permite ao time estrelado conquistar o Brasileirão com uma nova vitória diante do Grêmio, no Mineirão, e um tropeço do Atlético-PR para o São Paulo, em Curitiba, no domingo.

Na cara do gol

Na campanha de 2003, o primeiro Campeonato Brasileiro de pontos corridos, Alex, além de gols inesquecíveis, cansou de colocar seus companheiros Deivid, Márcio Nobre e Motta na cara do gol.

E no segundo jogo da final da Taça Brasil de 1966, contra o Santos, Tostão driblou vários adversários antes de passar a bola limpinha para Natal completar para o fundo da rede e fazer o vira-vira, por 3 a 2, no Pacaembu.

Dos três baixinhos bons de bola, dois já fazem parte da história do Cruzeiro. Tostão integrou a geração que tornou o time conhecido além das fronteiras de Minas e se tornou o maior goleador, com 249 gols. Alex foi o “maestro” da simbólica tríplice coroa (Mineiro, Copa do Brasil e Brasileiro).

E Éverton Ribeiro poderá ser um dos responsáveis pelo ressurgimento cruzeirense no cenário nacional, após dez anos na fila sem títulos expressivos.

Dedo do técnico

Mas deve-se ressaltar o papel do técnico Marcelo Oliveira no bom desempenho de Éverton Ribeiro. O treinador, que comandou o jogador por dois anos no Coritiba, sabe da versatilidade que ele tem.

Assim, com total liberdade de movimentação, o meia pode dar vazão a toda sua criatividade em campo.

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