
Ao confirmar o acerto do português Pepa como novo treinador, o Cruzeiro passa a ter ao longo da história, 12 técnicos de outras nacionalidades no comando da equipe. Fundado por uma colônia italiana em 2 de janeiro de 1921, como Palestra Itália, o time foi liderado até 1928 por uma comissão de jogadores.
Em 28, o Palestra teve seu primeiro técnico, o italiano Matturio Fabbi, que foi responsável pelas primeiras conquistas. O treinador levou o clube ao tricampeonato Mineiro (1928,1929 e 1930), e ainda a dois vices (1931 e 1932), e logo em seguida, deixou o comando, retornando em 1933.
Em sua volta, Fabbi conquistou mais um vice-campeonato Mineiro. Em 1936 ele dá lugar ao compatriota Nello Nicolai, que fica no comando apenas por um ano. Em 1938, Matturio Fabbi volta a ser técnico ficando apenas por uma temporada em sua terceira e última passagem.
Já como Cruzeiro, em 1946, o italiano Nello Nicolai retorna ao posto para sua segunda passagem, deixando o comando no mesmo ano. E somente sete anos depois, o time celeste voltou a ter um estrangeiro à beira do gramado.
O uruguaio Ricardo Díez assumiu o cargo de treinador em 1953, permanecendo apenas por 12 jogos à frente da equipe. Dois anos depois, 1955, foi a vez do argentino Filpo Núñez assumir pela primeira vez o Cruzeiro. Dentre as curiosidades da bola, Núñez é tio do atual treinador do Atlético, Eduardo Coudet.
A primeira passagem foi apenas de três meses, devido aos resultados ruins da equipe. Após rodar pelo país, em 10 de setembro de 1970, foi contratado pela segunda vez pela Raposa. O treinador ficou por 40 dias conduzindo o clube que já contava com Zé Carlos, Dirceu Lopes, Tostão e demais jogadores que entraram para a história do clube e da seleção brasileira.
Após Núñez, o Cruzeiro só voltou a ter um novo técnico estrangeiro nos anos 2000. No dia 11 de maio de 2016, o português Paulo Bento desembarcou na Toca da Raposa II para substituir Deivid. Foi uma passagem curta, tendo a saída anunciada em 25 de julho. Foram 17 jogos, com seis vitórias, três empates e oito derrotas.
O time celeste voltou a apostar em um treinador de fora apenas em 2022, quando a cúpula de Ronaldo Fenômeno acertou a contratação do desconhecido Paulo Pezzolano.
O uruguaio foi o responsável por conduzir a Raposa de volta à série A do Brasileiro conquistando o título da B, de forma antecipada e agradando os torcedores com o futebol apresentado. Ele deixou o cargo no último domingo (19), após ser eliminado pelo América na semifinal do Campeonato Mineiro.
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