Com vínculo com o Cruzeiro até 2026, Jardim já deixou outros clubes antes do fim do contrato
Português colocou em xeque a permanência no Brasil após detonar a desorganização do futebol no país
Após revelar frustração com a desorganização do futebol brasileiro no fim do jogo contra o Palmeiras, nesse domingo (26), o técnico do Cruzeiro, Leonardo Jardim, colocou em xeque a permanência no país. O português tem contrato com o time mineiro até dezembro de 2026 e, caso decida sair, essa seria a quinta vez que o treinador deixa um clube antes do fim do vínculo..
A primeira vez ocorreu no primeiro trabalho. Contratado em 2009 pelo Beira-Mar, de Portugal, Jardim teria o contrato encerrado ao fim da temporada 2010/2011, mas pediu demissão, mesmo com o clube tentando a renovação. Em fevereiro de 2011, ele disse que o motivo seria discordância com a gestão do clube sobre a venda de jogadores.
Em julho de 2011, aos 36 anos, o treinador assinou com o Sporting Braga um contrato até 2014, mas saiu no fim de junho de 2012 após ter dito em uma entrevista que não tinha bom relacionamento com o presidente do clube, António Salvador. A fala não agradou o gestor que optou por romper o vínculo.
Em 2013, após passar pelo futebol grego, retornou para treinar o Sporting com contrato válido até junho de 2015. Em maio de 2014, Leonardo Jardim rompeu o vínculo após receber uma proposta que considerava irrecusável do Monaco, da França. Após seis temporadas no time francês acabou demitido devido a resultados ruins.
Foi então que partiu para o Mundo Árabe tendo o primeiro desafio no Al-Hilal, em 2021, quando conheceu Matheus Pereira. Antes de chegar ao Cruzeiro, em fevereiro de 2025, o treinador estava no Al Ain. O contrato - assinado em novembro de 2024 - seria válido até junho de 2025.
Mas foi rescindido em fevereiro, após ele ter tido um desgaste com o staff do clube devido à gestão do elenco e rendimentos do time. No mesmo período, o Cruzeiro já havia aberto uma conversa com o treinador para que pudesse substituir Fernando Diniz.
Na Raposa, ele já soma 45 jogos, tendo estreado na reta final do Campeonato Mineiro. Neste ano ainda tem mais oito jogos pelo Brasileirão e pelo menos mais dois pela Copa do Brasil, quando enfrentará o Corinthians nas semifinais, em dezembro.
Avançando à final, Jardim teria mais duas datas para completar a primeira temporada na Toca II. O que pode pesar para a permanência como treinador do Cruzeiro é a possibilidade de conquistar a Copa do Brasil, a chance de disputar a Copa Libertadores em 2026 e a boa relação com Pedro Lourenço, presidente da SAF do clube, além do vínculo que criou com a torcida cruzeirense, a quem costuma chamar de “fãs” ou “adeptos”.
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