(Cristiane Mattos)
Em 1998, o Cruzeiro se tornou um divisor de águas na carreira do então meia Pedrinho, do Vasco. Promissor, o garoto, na época com 21 anos, sofreu uma dura falta do zagueiro Jean. O lance, além de afastar o talentoso jogador dos gramados por um ano e quatro meses, também o tirou de sua primeira convocação para a Seleção Brasileira.
Desde então, Pedrinho nunca foi o mesmo jogador que despontou no cruz-maltino como promessa do futebol brasileiro. Era lesão atrás de lesão. Dezessete anos depois, Pedrinho é hoje um dos responsáveis em auxiliar o técnico Deivid no Cruzeiro.
Se como atleta o Cruzeiro foi determinante para Pedrinho, o mesmo pode ocorrer em seus planos como treinador no futuro. “Minha carreira mudou com aquela lesão contra o Cruzeiro. E hoje o clube me abre as portas para uma carreira vitoriosa. Desse lado, não machuco mais”, brincou Pedrinho, durante sua apresentação. “Quero esquecer o Pedrinho como atleta”, acrescentou o auxiliar-técnico.
Curso da CBF
Amigo de Deivid, o ex-vascaíno, de 38 anos, foi convidado pelo companheiro para integrar a nova comissão técnico do clube celeste. Os dois se conheceram durante o curso de treinadores da CBF, em julho do ano passado.
No fim de 2015, Deivid e Pedrinho concluíram módulo A do curso. Agora, os dois tentam colocar em prática na Toca da Raposa o que aprenderam durante os dez dias de atividade na Granja Comary.
Estilo aprovado
O estilo adotado pelo ex-jogador vem agradando os jogadores da Raposa. No papo com os atletas, Pedrinho frisa que a equipe jogue de forma ofensiva e bonito.
Atual dono do meio campo da Raposa, Marcos Vinícius acredita que as orientações do auxiliar serão determinantes para sua carreira. “O Pedrinho e o Deivid sempre me aconselham, conversam comigo, colocando as ideias deles para esse início de temporada”, diz o meia.
Um dos mais experientes do grupo, o volante Henrique valorizou a sintonia da nova comissão técnica formada por ex-atletas.
“É importante ter essa experiência, porque eles vivenciaram o que nós estamos passando hoje. Eles já tiveram essa experiência como atleta. Sabem um pouco mais porque estudaram, tiveram experiências boas, outras difíceis”, opina o jogador.
“Os trabalhos estão sendo bem feitos, bem elaborados, isso é muito bom para nós. Eles já vivenciaram isso nós estamos tentando fazer ou querendo, porque”, opina.