
Quem esperava a volta do futebol envolvente do time comandado por Marcelo Oliveira, terá de aguardar mais um pouco. Pouco efetivo, o Cruzeiro não conseguiu sair do zero no duelo contra a Caldense, disputado neste sábado (1º), em Poços de Caldas, no estádio Ronaldão. A Veterana, que soube se impor defensivamente, também foi quem mais produziu na frente, mostrando que tem bola para brigar por uma vaga no G-4.
Com o empate, a Raposa chegou ao seu quarto ponto na tabela e ocupa provisoriamente a segunda colocação. A Caldense, que havia empatado sem gols com o Guarani, na última rodada, fica sem vazar e ser vazada. Com dois pontos conquistados, a Veterana ocupa a quinta colocação, mas pode ser ultrapassada neste domingo (2), no complemento da rodada, assim como o time estrelado.
O próximo desafio do Cruzeiro será o Villa Nova. As equipes duelam na próxima quarta-feira (5), no Mineirão, a partir das 19h30. O Piriquito de Poços de Caldas, por sua vez, volta a jogar em casa na terceira rodada, recebendo o Nacional na mesma data e horário do embate da Raposa.
Decepção
Um primeiro tempo aquém do que poderia se esperar. Essa foi a impressão que se teve quando o cronometro chegou aos 45 minutos. Apesar de ser apenas o segundo jogo da temporada, Caldense e Cruzeiro não trataram a gorduchinha da forma como poderiam e saíram da etapa inicial procurando respostas para a falta de gols.
A Veterana até que chegou a empolgar seus torcedores, chegando com perigo em duas oportunidades claras. Na primeira, logo aos 2 minutos, Marcelinho se antecipou a Bruno Rodrigo e escorou cruzamento de Maxwell. Depois, aos 19 minutos, o zagueiro celeste voltou a perder uma bola alçada na área e Diney cabeceou com força, no canto esquerdo. Em ambas as jogadas, a bola só não entrou porque Fábio estava inspirado. De resto, se limitou a encurtar os espaços e impedir o avanço do adversário.
O Cruzeiro, ainda mostrando a “sídrome de início de ano”, pouco produziu. Insistiu em lançamentos longos, que facilitavam a interceptação da defesa da Caldense. De bom mesmo, só um chute cruzado de Willian, quando o relógio nem tinha completado sua primeira volta. Pouco para uma equipe com tamanha qualidade.
Mais do mesmo
Se o primeiro tempo não ofereceu muito futebol, o panorama do segundo não ficou distante disso. Como na etapa anterior, a Caldense foi quem se mostrou mais empolga. Combativa, a Veterana buscou mais opções de ataque, mas pecou em excesso na hora do último passe e da finalização.
Insosso, o Cruzeiro abusou das jogadas de linha de fundo. O problema é que as bolas alçadas na área não passavam pelo miolo da zaga alviverde. E a insistência nesse tipo de jogada decepcionou quem estava acostumado com aquele futebol “rápido e rasteiro”, de belas trocas de passes em diagonal. Quando assustou, foi através de um petardo disparado por Lucas Silva, aos 30 minutos.
No fim das contas, apesar do maior ímpeto do time de Poços de Caldas, o empate sem gols se mostrou justo. Faltou qualidade durante os 90 minutos. A “síndrome de início de ano” precisa acabar.
FICHA TÉCNICA
CALDENSE 0 X 0 CRUZEIRO
CALDENSE: Gilberto, Andrezinho, Plínio, Marcelinho, Rafael (Pedro Henrique); Maxsuel, Michel, Marcel, Éwerton Maradona; Diney e Luiz Eduardo (Léo Andrade). Técnico: Leonardo Condé
CRUZEIRO: Fábio, Ceará, Dedé, Bruno Rodrigo, Egídio; Souza, Lucas Silva, Everton Ribeiro (Élber), Ricardo Goulart; Willian (Júlio Baptista) e Borges (Marcelo Moreno). Técnico: Marcelo Oliveira
Data: 1º de fevereiro de 2014
Motivo: Jogo válido pela 2ª rodada do Campeonato Mineiro
Estádio: Ronaldão
Cidade: Poços de Caldas (MG)
Árbitro: Cleisson Veloso Pereira
Auxiliares: Celso Luiz da Silva e Luiz Antônio Barbosa
Cartões amarelos: Diney, Michel e Éwerton Maradona (Caldense); Souza (Cruzeiro)