(LUIZ COSTA )
Invencibilidade mantida e liderança na tabela. Seriam bons motivos para a torcida celeste sair sorridente do Mineirão, nesta quarta-feira (25), certo? Sim, não tivesse o time estrelado apenas empatado com o Mamoré por 1 a 1 em mais uma noite pouco inspirada. Apesar de ter as rédeas da partida por completo, a Raposa se mostrou pouco efetiva ofensivamente e, por pouco, não saiu derrotada do Gigante da Pampulha. O empate só foi consumado graças a Leandro Damião, que mostrou seu faro de gol aos 41 minutos da etapa final. O Mamoré havia aberto o placar aos 9 minutos do segundo tempo, com Juliano, de cabeça, em uma das poucas investidas do time de Patos de Minas. Com o ponto conquistado, o Cruzeiro chegou aos 21 e se igualou a Caldense na classificação. O time estrelado tomou a ponta da tabela da veterana graças ao saldo de gols (15 contra 11). O Mamoré, por sua vez, chegou aos oito pontos e está no oitavo degrau da tabela. O Cruzeiro voltará a campo no próximo domingo (29), quando enfrentará o arquirrival do Mamoré, a URT, no Zama Maciel, em Patos de Minas, a partir das 16 horas. Na mesma data e horário, o Sapo visitará o Democrata, no Mamudão, em Governador Valadares. SEM EFETIVIDADE Justiça nunca foi um bom termo para se usar no futebol. Afinal, quantas vezes você, caro leitor, viu um time dominar por completo o adversário e, mesmo assim, o placar final não traduzir o que foi a partida? Muitas, aposto. E talvez o duelo entre Cruzeiro e Mamoré fique como um bom exemplo disso. Enquanto a bola rolou na primeira etapa, ela praticamente ficou nos pés dos jogadores da Raposa. No total, foram oito oportunidades criadas, sendo cinco reais de gol. Entretanto, por alguns aspectos, não conseguiu balançar a rede defendida por Gilberto. Um deles, obviamente, é a boa presença do goleiro adversário, que fez boas defesas quando foi exigido. O placar zerado também pode ser atribuído às finalizações ruins dos dianteiros celestes. Outro aspecto é a falta de variações: ou o Cruzeiro descia pelas pontas ou chegava com passes curtos à área. Porém, a sensação que ficava era a de que o amplo domínio, somado à fragilidade técnica do adversário, fez com que os jogadores celestes tivessem em mente que o gol era questão de tempo. Não poderia haver engano pior. Tivesse mais criatividade e agressividade, dificilmente o time estrelado teria virado a partida com o placar zerado. Talvez até com uma goleada. EMPATE SUADO O curioso é que o vestiário não surtiu efeito ao time estrelado. O Cruzeiro continuou dominante, porém pouco efetivo, uma vez que estava à espera de deixar sua marca a qualquer momento. O Mamoré, por sua vez, se fechava, jogando por uma bola. E ela veio. Aos nove minutos, o “Sapo” ganhou um escanteio pela direita. Charles cobrou rumo ao miolo da área e lá achou Juliano, que subiu alto para testar firme para o barbante. 1 a 0. O gol acordou o Cruzeiro. Com o prejuízo no marcador, passou a atacar com mais ímpeto, ao contrário de outrora. Entretanto, pecava ainda nas finalizações e só aumentava o desespero de seu torcedor.. E quando o jogo, antes considerado fácil, se tornou dramático, o time estrelado, enfim, conseguiu balançar a rede. E com uma dose de suspense. Aos 41 minutos, Marcos Vinícius mostrou personalidade e fez boa jogada individual. Quando chegou à beira da área, chutou rasteiro. A bola bateu na zaga e ficou “viva”. Leandro Damião, como pede o ofício, mostrou oportunismo e deu um toque de classe na saída do goleiro para igualar o marcador. 1 a 1. O gol deu novo ânimo para o time estrelado. Porém, àquela altura, já era tarde demais para tentar uma virada. O Cruzeiro teve a partida em mãos, mas, novamente, deixou escapar a vitória por puro desleixo. O QUE ESQUECER Da pouca agressividade do Cruzeiro. Assim como contra o Huracán, o Cruzeiro teve o jogo sob seu controle e achou que o gol sairia naturalmente. Quando acordou, já era tarde. O DESTAQUE Gilberto. O goleiro do Mamoré foi o principal responsável pelo resultado. FICHA TÉNCICA CRUZEIRO 1 X 1 MAMORÉ CRUZEIRO: Fábio, Mayke, Léo, Paulo André (Manoel), Gilson; Willian Farias (Marcos Vinícius), Henrique, Judivan; Riascos (Neílton), Leandro Damião e Joel. TÉCNICO: Marcelo Oliveira MAMORÉ: Gilberto, Pablo, Juliano, Thales; Bruno Limão (Radar), Maxsuel, Erick (Denílson), Luizinho, Ernani; Charles (Diego Sales) e Jhonatan Reis. TÉCNICO: Pael. Gols: Juliano (aos 9') e Leandro Damião (aos 41' do 2º tempo) Data: 25 de março de 2015 Motivo: Jogo adiado da oitava rodada do Campeonato Mineiro Estádio: Mineirão Cidade: Belo Horizonte Árbitro: Sérgio Luiz Avelino Assistentes: Márcio Eustáquio Santiago e Marley Leite da Silva Público: 5.978 pagantes Renda: R$ 170.080