Cruzeiro notifica Minas Arena extra-judicialmente

Hoje em Dia
21/05/2013 às 17:51.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:53

O Cruzeiro não se sente mais em casa no Mineirão. Nesta terça-feira (21), o presidente do clube, Gilvan de Pinho Tavares, externou sua insatisfação com o Consórcio Minas Arena, que é responsável pela administração do Gigante da Pampulha. Além de publicar no site oficial da equipe um comunicado de repúdio à administradora, que veiculou o hino do Atlético logo após o clássico do último domingo, o mandatário estrelado enviou uma notificação extra-judicial  diretamente ao diretor-presidente da entidade, Ricardo Barra. 

Confira o comunicado abaixo: À  Minas Arena - Gestão de Instalações Esportivas S/A Sr. Ricardo Salles de Oliveira Barra Diretor-Presidente   Senhor diretor,   Em razão dos lamentáveis fatos ocorridos ao final da partida do último domingo, em que a Minas Arena veiculou nos seus serviços de som o hino do clube adversário, em exato momento em que a torcida do Cruzeiro Esporte Clube demonstrava seu apoio à equipe que acabava de vencer a partida, servimo-nos do presente para manifestar nossa revolta com os fatos praticados, dentre outros que passamos a descrever.   A veiculação do hino adversário demonstrou um ataque frontal ao senso de parceria formalmente estabelecida entre as partes, tendo a Minas Arena sorrateiramente se valido de golpe vil contra um parceiro comercial que, como se sabe, lhe serve hoje como pilar principal. Além disso, trata-se de um desrespeito à instituição que tem o Mineirão como “sua casa” e em descaso para com o torcedor cruzeirense, que fez do estádio o palco do seu espetáculo. Consternado com a afronta desmedida, impensada e inoportuna, o presidente do Cruzeiro Esporte Clube imediatamente se retirou do estádio.    Não obstante a aleivosia gratuita, tal ato poderia ter sido, inclusive, desencadeador de uma infinidade de atos violentos por parte da torcida, que teve seu brado contido no seu próprio lar, proveniente daquele que se diz parceiro. E o que causa mais espécie, é que antes da partida havia sido solicitada pelo Cruzeiro E.C. a exibição do seu hino no serviço de som do estádio – em que é mandante e parceiro – como forma de motivar sua equipe e sua torcida (que representava 90% do estádio, frisa-se, mandante), cujo apoio era imprescindível para o desafio que se impunha, e que logrou êxito mediante uma atuação brilhante e vitoriosa de seus atletas.   Mas, infelizmente, a irracionalidade e o despreparo na lida com a parceria e com as necessidades inerentes à atividade futebolística, fizeram com que a Minas Arena olvidasse os mais comezinhos princípios da ética e bom senso, deixando-os a margem da relação jurídica estabelecida.   Como se isso não fosse suficiente, aproveitamos o ensejo para notificar sobre as mais diversas e diversificadas formas possíveis de infração ás disposições contratuais, reiteradas, entre elas a falha na prestação de serviços ao torcedor, ausência de informação adequada, não concessão de vagas de estacionamento ao Notificante, falta de transparência, inadimplência e atraso com pagamentos de verbas contratualmente estabelecidas, ausência de prestação de contas, dentre outros.   Pela presente, portanto, fica a Minas Arena Gestão de Instalações Esportivas S/A devidamente notificada, sobretudo para que tenha reavivada a certeza das suas infrações cometidas, e ciente de que estão sendo objetos de estudo pelo Notificante como motivadoras, juntamente com todas as demais, de rescisão justa do contrato de fidelidade firmado, com as implicações a ela inerentes.   Atenciosamente,   Gilvan de Pinho Tavares Presidente do Cruzeiro Esporte Clube

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