Cruzeiro se esforça para não repetir os erros do passado e se manter no topo

Rodrigo Rodrigues - Hoje em Dia
26/11/2013 às 09:05.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:23
 (Denílton Dias/Vipcomm)

(Denílton Dias/Vipcomm)

A campanha do Cruzeiro no Campeonato Brasileiro lavou a alma da China Azul, após dez anos sem conquistas relevantes. A última havia sido em 2003, quando a equipe dirigida por Vanderlei Luxemburgo, e comandada em campo por Alex, levou os cruzeirenses à loucura.

A expectativa era a de que a temporada seguinte fosse uma sequência natural do ano anterior. Tendência que não se confirmou. Luxemburgo caiu em fevereiro. Em “solidariedade” ao então comandante, Rivaldo também foi embora, com apenas 50 dias de clube. Na sequência saíram nomes como Alex, Gomes e Maicon, a Raposa ficou desfigurada e viveu uma temporada instável.

O Campeonato Mineiro foi conquistado, mas o sonho do tri na Copa Libertadores se tornou pesadelo logo nas oitavas de final, quando os mineiros foram eliminados pelo Deportivo Cali, da Colômbia. No Brasileiro, fez campanha modesta e terminou em 13º lugar.

O dinamismo do futebol não permite previsões infalíveis. Definitivamente, futurologia não combina com o esporte bretão. Contudo, a forma como o Cruzeiro termina 2013 dá margem para projeções otimistas. Diferentemente de 2003, quando Luxemburgo e os irmãos Perrella (Alvimar, presidente, e Zezé, vice) já davam sinais de desgaste na relação, Marcelo Oliveira e Gilvan de Pinho Tavares encerram a temporada em “lua de mel”.

Não somente pelo título antecipado, mas devido à boa relação que foi criada entre ambos, construída à base da superação. O treinador foi rejeitado por boa parte da torcida, mas Gilvan bancou sua chegada à Toca II.

“Só conseguimos este título importante, difícil, por uma combinação de aspectos: uma administração segura, que deu todo o suporte, estrutura física entre as melhores do Brasil. A partir daí, foi criado um ambiente bom para trabalhar pelos nossos objetivos. Tudo isso nos levou a essa conquista”, avalia Marcelo.

Metas

De contrato renovado, o treinador é novamente a aposta do presidente para conduzir a Raposa ao tri sul-americano. “Temos que pensar grande como nossa torcida, e brigar por todos os títulos que disputarmos”, resume Gilvan.

Para alcançar as metas, o pensamento da cúpula estrelada é não se acomodar. “O futebol é sempre um ciclo. O tempo vai passando, e precisamos ajustar aquilo que precisa ser melhorado. O Cruzeiro vem de mudança drástica de muitos jogadores, de retomada da história vitoriosa. Que possamos sempre estar em altíssimo nível aqui”, projeta Alexandre Mattos, diretor de futebol.

Passo inicial é evitar o desmanche do elenco

A melhoria constante proposta pelo diretor de futebol, Alexandre Mattos, significa reforçar o atual grupo e manter as principais peças. A campanha do tricampeonato direcionou os holofotes para a Toca II. 

Nomes como Ricardo Goulart e Éverton Ribeiro ganharam destaque nacional, a exemplo dos jovens Lucas Silva, Mayke e Vinícius Araújo. Outros atletas considerados estrelas, como Fábio e Dedé, aumentaram ainda mais o prestígio. O assédio é inegável, mas como a maioria do grupo tem contratos longos, um desmanche não estaria nos planos da Raposa.

Em relação aos reforços, especulações colocam Fred e Alex, ambos com história com a camisa azul, na pauta estrelada. “São jogadores que o Cruzeiro é muito grato pelo que fizeram, mas temos que respeitar os clubes que são detentores dos direitos deles. O Cruzeiro não procurou o Fluminense para falar do Fred, nem o Coritiba para falar do Alex”, desconversa Mattos. 

Embora evite falar em nomes, o dirigente deixa escapar que caras novas vão pintar no clube na próxima temporada. “Entendemos que precisamos melhorar em algumas situações”, acrescenta o dirigente. 
 

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