Não foi a apresentação que a torcida celeste, em "viagem" para Sete Lagoas, esperava. Mas o Cruzeiro cumpriu a sua obrigação, mesmo passando momento de susto no fim da partida. Só que, enquanto o clube celeste ainda busca o melhor futebol, a vitória diante do Tricordiano, por 1 a 0, na Arena do Jacaré, garante, mesmo que momentaneamente, a liderança do Campeonato Mineiro, com 10 pontos em quatro jogos. O gol solitário foi marcado pelo uruguaio Giorgian de Arrascaeta.

O técnico Deivid experimetou o Cruzeiro com uma formação diferente. Apostou na velocidade e promoveu a estreia do volante argentino Lucas Romero. Na frente, a equipe celeste contou com o retorno do atacante Willian, após se recuperar de lesão muscular na coxa esquerda. Apesar da superioridade técnica visível, a Raposa acabou por não se encontrar durante o primeiro tempo do duelo.

Aliás, mesmo se impondo na posse de bola e na presença no campo do adversário, o time visitante pecava na hora de concluir as jogadas. Ou era o zagueiro do Tricordiano que se jogava na bola para salvar a equipe do interior, ou a finalização da Raposa saía torta.

Nas poucas chegadas ofensivas do CAT, Leandro Love até mostrava grande vontade, mas o que brilhava mesmo no camisa 9 eram apenas as tranças coloridas, inspiradas no atacante do AS Monaco, Vágner Love - origem do apelido.

Enquanto Dedé e Bruno Rodrigo eram meros espectadores do embate, a turma do ataque celeste passava cada minuto do jogo tentando acertar uma tabela, um cruzamento ou um chute de média distância. O goleiro Marcão, do Tricordiano, estava proibido de piscar os olhos. Pois, seja com as mãos ou com os pés, ele trabalharia nos 90 minutos.

A pressão aumentou no segundo tempo, os laterais celestes já nem se preocupavam em guardar posição. Não era muito necessário. No meio de campo, o outro argentino do Cruzeiro, Sánchez Miño, parecia um estranho no ninho. Ele, que não é nem volante de contensão e não chega a ser um armador de jogadas, precisava encontrar seu lugar no time de Deivid.

Enquanto isso, a Raposa começou a arriscar de longe. Em um cruzamento longo, Fabrício quase marcou de cabeça. Com o pé direito, Alisson também tentou. Mas, novamente, Marcão apareceu. A solução, então, seria tirar o goleiro da reta para conseguir balançar as redes. E assim aconteceu.

O Tricordiano voltou a ignorar a penetração do lateral-esquerdo cruzeirense. De Fabiano para Fabrício, que apenas tirou a bola da direção de Marcão e o tímido Arrascaeta, que pouco havia aparecido, abriu o placar. O técnico do CAT, Josué Teixeira, não perdoou o erro e trocou o seu lateral-direito para melhorar a marcação do setor.

Depois de só olhar a Raposa atacar, o time de Três Corações resolveu sair do esconderijo. Fábio, já aos 38 minutos do segundo tempo, fez a primeira defesa. Minutos antes, o atacante Marcinho havia perdido um gol do qual ele jamais irá se esquecer. Nos momentos derradeiros, Dedé, que assistiu ao jogo no 1º tempo, foi herói. De cabeça, impediu o empate do CAT, algo que seria desastroso para o Cruzeiro.

Se o Galo, que enfrenta o Boa Esporte neste domingo, às 17h, não vencer, a Raposa fixa a liderança ao fim da  quarta rodada da competição.

TRICORDIANO 0 X 1 CRUZEIRO

Tricordiano: Marcão; Marquinhos (Marcinho), Bruno Costa, Preto Costa e Gérson; João Paulo (Juninho), Rodrigo Paulista, Bruno Moreno e Diego Palhinha (Júnior Lemos) ; Diogo Capela e Leandro Love - TÉCNICO: Josué Teixeira

Cruzeiro: Fábio; Fabiano, Dedé, Bruno Rodrigo e Fabrício; Henrique e Lucas Romero; Sánchez Miño (Cabral), Arrascaeta, Willian (Élber) e Alisson (Rafael Silva) - TÉCNICO: Deivid

GOL: Arrascaeta, aos 14'/2ºT
CARTÕES AMARELOS: Leandro Love, Diogo Capela, João Paulo (CAT); Sánchez Miño, Arrascaeta (CRU)
ARBITRAGEM: Marco Aurélio Augusto Fazekas Ferreira, auxiliado por Magno Arantes Lira e Marciano Pires de Lima
PÚBLICO: Não divulgado
RENDA: Não divulgado

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