O Cruzeiro não foi brilhante, porém conquistou o objetivo inicial de eliminar o jogo de volta da primeira fase da Copa do Brasil, após vencer o CSA por 3 a 0, no estádio Rei Pelé, na noite desta quarta-feira (10). Diego Souza, Dagoberto (de pênalti) e Ricardo Goulart anotaram os tentos da Raposa, que chegou a ser ameaçada pelo time azulino em diversas oportunidades. Entretanto, os donos da casa não mostram muita qualidade nas finalizações e não conseguiram mover o barbante. 

O Cruzeiro agora aguarda o vencedor do confronto entre Resende e Caxias para saber quem será seu adversário na próxima fase do torneio. No jogo de ida, a equipe carioca venceu o embate por 2 a 1. Na próxima quinta-feira (18), o time gaúcho tentará reverter a desvantagem diante da sua torcida, no estádio Centenário. É bom já ir analisando o próximo rival. 

Futebol burocrático

Acostumado a assistir um Cruzeiro com toque de bola envolvente nesta temporada, o torcedor da Raposa que ligou sua televisão para companhar o duelo contra o CSA deve ter se assustado com o primeiro tempo celeste. A telona apontava um setor ofensivo celeste pouco criativo, enquanto o time azulino de Alagoas chegava com perigo e armava as melhores tramas do embate.

Para se ter uma ideia, o time de Maceió chegou por cinco vezes com real perigo ao gol defendido por Fábio. Para a sorte do arqueiro estrelado, os atacantes azulinos não mostravam muita intimidade com o gol, e perderam chances incríveis, como aos 22 minutos, quando a jogada pela esquerda surtiu em um cruzamento preciso para Alex, que estava livre na pequena área. Sozinho e de frente para o crime, o camisa 10 do time alagoano jogou a bola por cima da meta rival. Que feio!

A Raposa foi mais comedida. Chegou em duas oportunidades. Felizmente, se a intensidade não foi a mesma comparada a do rival, o mesmo não se pode dizer da qualidade. Aos quatro minutos, Everton carimbou a trave, ao surpreender Flávio com um chute ainda da intermediária. O ex-goleiro do América, entretanto, não teve a mesma sorte aos 10 minutos, quando viu Diego Souza escapando em velocidade após lançamento primoroso de Dagoberto. Com sua tranquilidade peculiar, o meia-atacante celeste soube caminhar rumo à meta adversária sem ser ameaçado pelo marcador e tocar na saída do aqueiro rival  para balançar a rede. 1 a 0.

O placar mínimo a favor do Cruzeiro não justificou o que foi a etapa inicial. O CSA soube ser mais presente no campo ofensivo, mostrando ímpeto em uma daquelas partidas que popularmente são conhecidas como “o jogo da vida” dos clubes de menor investimento. A Raposa, mais comedida, deixou claro que precisava mudar a mentalidade na segunda etapa, uma vez que não queria topar mais uma vez pela frente com o clube azulino.

Sem volta

Não se sabe se Marcelo Oliveira deu uma bronca em seus comandados durante o intervalo. Se o fez, não surtiu muito efeito. Assim como na primeira etapa, o Cruzeiro continuou pecando na troca de passes, não conseguindo manter a posse de bola por muito tempo. Finalizações eram raras, uma vez que a ligação entre defesa-ataque consistia basicamente em lançamentos, o que deixava o setor ofensivo vulnerável perante a defesa adversária.

Porém, quando chegou ao ataque, a Raposa foi precisa. Aos seis minutos, Dagoberto recebeu bola em profundidade e quando avançou à área adversária foi derrubado. Pênalti. Ele mesmo ajeitou a pelota com carinho na marca do cal e mandou para o barbante, ampliando o marcador. 2 a 0.

Já no final da partida, quando o time estrelado cadenciava o embate para segurar o placar que eliminava o jogo de volta, o Cruzeiro conseguiu aproveitar mais uma oportunidade. Aos 41 minutos, o talismã Ricardo Goulart recebeu bola enfiada pela defesa, deixou o marcador na saudade e cutucou na saída de Flávio para dar números finais à partida. 3 a 0.

Pode não ter sido uma exibição marcante do Cruzeiro, mas ao menos o objetivo inicial foi conquistado. Que venha a segunda fase. 

FICHA TÉCNICA

CSA 0 x 3 CRUZEIRO

CSA: Flávio, Leandrinho, Leandro, Adalberto, Fabiano; Robson (Anderson Oliveira), Rodolfo (Levi), Elyeser, Alex; Everaldo e Diego Clementino. Técnico: Beto Almeida

Cruzeiro: Fábio, Ceará, Léo, Bruno Rodrigo, Everton, Leandro Guerreiro, Nilton (Uelliton), Everton Ribeiro (Tinga), Diego Souza (Ricardo Goulart); Borges e Dagoberto. Técnico: Marcelo Oliveira

Gols: Diego Souza (aos 10' do 1º tempo); Dagoberto (pênalti) (aos 7') e Ricardo Goulart (aos 41' do 2º tempo)

Data: 10 de abril de 2013

Motivo: jogo de ida válido pela primeira fase da Copa do Brasil

Local: Estádio Rei Pelé

Cidade: Maceió (AL)

Árbitro: Jailson Macedo Freitas (BA)

Assistentes: Elicarlos Franco de Oliveira (BA) e Dijalma Silva Ferreira (BA)

Cartões amarelos: Tinga (Cruzeiro)