Cruzeiro vence o Grêmio por 3 a 0, comemora, mas festa do tri é adiada

Wallace Graciano - Hoje em Dia
10/11/2013 às 19:11.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:03
 (Samuel Costa/Hoje em Dia)

(Samuel Costa/Hoje em Dia)

Festa quase completa. Com uma atuação imponente, o Cruzeiro mostrou o porquê de ser a melhor equipe do país e bateu o Grêmio por 3 a 0, no Mineirão. O título só não foi confirmado por conta da vitória do Atlético-PR sobre o São Paulo, em Curitiba, pelo mesmo placar. 

O triunfo fez com o Cruzeiro chegasse aos 71 pontos na tabela. O Atlético-PR, por sua vez, manteve a diferença de 13 pontos ao vencer o tricolor paulista. Como 15 estão em disputa, o time estrelado pode ser campeão na próxima quarta-feira (13) se bater o Vitória, no Barradão, às 21h50. Desta vez não depende de ninguém para trazer o caneco. Só dele. Mas se o Furacão tropeçar diante do Criciúma, o título é confirmado.

Duro

O Cruzeiro não queria decepcionar seus torcedores que lotavam o Mineirão e partiu para cima do adversário desde os primeiros minutos de bola rolando. Para atacar, utilizava a já “manjada” tática de toques rápidos no meio e movimentação à frente, o que lhe deu maior volume de jogo. Seria uma boa opção, se não tivesse um adversário compacto, que não deixou que o domínio territorial se transformasse em grandes chances de gol.

Tanto foi que a primeira grande oportunidade de gol surgiu somente aos 13 minutos, quando Dagoberto pegou a bola na esquerda, cortou para dentro da área e chutou com raiva. Para seu azar, a bola desviou na zaga rival. Ainda assim, quase “traiu” Dida.

Paralelamente, o Atlético-PR abriu o placar contra o São Paulo, em Curitiba, através de Marcelo. O sistema de som do Mineirão não anunciou o gol rubro-negro, como também não fez aos 26 minutos, quando Luiz Alberto ampliou o marcador. A torcida cruzeirense, eufórica, não queria saber de acusar o golpe e continuou apoiando a equipe em busca da vitória.

Tanto incentivou que foi premiada aos 33 minutos, quando uma bola espirrada ficou “viva” na área tricolor. Como única alternativa, Borges se esticou todo e acertou uma meia-bicicleta no ângulo do goleiro Dida. Que golaço! 1 a 0.

Como também tinha pretensões em jogo, apesar de menores, o Grêmio se lançou a frente a partir desse momento. Aos 41, quase empatou a partida. SSouza e Rodholfo acertaram belos chutes, mas pararam na “muralha” Fábio, que fez duas defesas sensacionais e garantiu a vitória parcial.

Confira imagens da partida


Festa quase completa

Já na etapa complementar, como a derrota parcial não interessava ao Grêmio, que ainda briga pela Libertadores, fez com que o tricolor gaúcho partisse para o ataque, o que deixou o duelo mais intenso, já que haviam mais espaços para que o Cruzeiro mostrasse seu futebol.

Tanto foi que o jogo ficou franco, com investidas dos dois lados. Porém, as principais chances vieram pelo lado gaúcho. Fábio teve de intervir três vezes para assegurar a vantagem no marcador. Em outra, contou com a sorte, após a bola bater na trave.

Mas o dia era do cruzeirense comemorar e aos 33 minutos ele soltou o grito de gol preso na garganta. Após escanteio pela direita, a pelota sobrou do outro lado, onde caiu nos pés de Willian. De chapa, o atacante, que acabara de entrar na partida, mandou para a rede e foi comemorar aos gritos de “tricampeão” vindos da arquibancada.

Aos 40, o torcedor foi ao delírio por completo. Após cobrança de falta de William pela direita, a bola foi parar na esquerda. De primeira, Ricardo Goulart mandou para o barbante e anotou seu nono tento no Brasileirão. 3 a 0. 

Era o que bastava para o Mineirão “vir abaixo”. Eufórica, a torcida gritava “tricampeão” a plenos pulmões e chegava a balançar o Gigante da Pampulha. A festa só não foi completa porque o São Paulo não quis participar dela, ao cair diante do Atlético Paranaense. Nada que desanimasse a torcida cruzeirense, que, ao final do jogo, já dava o recado ao cantar a música que embalou a equipe nesta temporada: "seremos campeões e não se esqueça".


FICHA TÉCNICA

CRUZEIRO 3 X 0 GRÊMIO

CRUZEIRO: Fábio, Ceará, Léo, Dedé, Egídio; Nilton, Lucas Silva, Ricardo Goulart, Everton Ribeiro (Luan); Dagoberto (Willian) e Borges (Júlio Baptista). Técnico: Marcelo Oliveira

GRÊMIO: Dida, Werley, Bressan, Rhodolfo; Pará, Souza, Ramiro, Riveros (Maxi Rodriguez), Alex Telles; Barcos e Kleber (Yuri Mamute). Técnico: Renato Gaúcho:

Gols: Borges (aos 33’ do 1º tempo); Willian (aos 33’) Ricardo Goulart (40’ do 2º tempo)

Data: 10 de novembro de 2013

Local: Estádio Mineirão

Cidade: Belo Horizonte

Árbitro: Wilson Luiz Seneme(FIFA/ SP)

Árbitros auxiliares: Marcelo Carvalho Van Gasse (FIFA/ SP) e Carlos Berkenbrock (ESP/ SC)

Árbitros auxiliares adicionais: Eduardo Tomaz de Aquino Valadão (CBF/ GO) e Cleber Vaz da Silva - (CBF/ GO)

Público: 56.854 pagantes (58.113 presentes)

Renda: R$ 5.231.711,00

Cartões amarelos: Ramiro e Kleber (Grêmio); Everton Ribeiro, Ceará e Léo (Cruzeiro)

 

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