Cruzeiro vence pelo placar mínimo e se reabilita no Brasileirão

Wallace Graciano - Do Portal HD
11/08/2012 às 20:26.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:23
 (FELIPE OLIVEIRA/AGIF/AE)

(FELIPE OLIVEIRA/AGIF/AE)

A conta do chá. Assim foi o futebol do Cruzeiro, que superou o Bahia na noite deste sábado (11), no estádio de Pituaçu, em Salvador, pelo placar mínimo. Após tomar a frente no marcador, com Montillo, logo aos nove minutos, a Raposa mostrou lucidez na primeira etapa, mas recuou demais na segunda, permitindo alguns sustos ao seu torcedor que acompanhava o duelo. Felizmente o final foi feliz. Com o triunfo, o time estrelado chega aos 26 pontos e ocupa provisoriamente a sexta colocação. O Esquadrão de Aço, por sua vez, segue na zona da degola, com 13. 

Na próxima quarta-feira (15), o Cruzeiro terá a chance de obter sua segunda vitória consecutiva, quando receberá o Fluminense, às 19h30, no Independência. O Esquadrão de Aço, por sua vez, visita Campinas, onde tenta a reabilitação frente à Ponte Preta também na quarta-feira, mas às 20h30. 

Montillo é diferencial do primeiro tempo

O jogo começou tenso, como era de se esperar. Com as duas equipes precisando vencer de qualquer maneira para afastar a má fase, os treinadores escalaram meio-campos combativos,  visando neutralizar as investidas adversárias. Fabinho e Fahel, que atuaram pelo Cruzeiro outrora, eram as alternativas do Tricolor da Boa Terra para que Montillo não conseguisse mostrar seu talento. Pelo lado celeste, Roth apostou nas entradas de Charles e do jovem Lucas Silva para uma saída de bola eficaz e marcação no criativo Zé Roberto.

Ao rolar da bola, o Esquadrão de Aço queria mostrar sua força. Mancini, exibindo sua excelente visão de jogo, deixou Gabriel de frente para o crime, logo aos dois minutos. Atento, o arqueiro Fábio conseguiu sair no pé do atacante tricolor e afastar o perigo. No minuto seguinte, o Cruzeiro deu a resposta. Montillo escapou pela direita e cruzou para trás, por onde chegava Marcelo Oliveira. O lateral-esquerdo improvisado tentou chutar de primeira, mas não pegou com a boa perna. 

Além das chances de gol iniciais, o jogo ganhava emoção pelos combates no meio-campo. Charles, que fora preterido no duelo contra o Santos, se mostrava um carrapato, anulando as investidas de Zé Roberto e comprovando que merecia confiança do treinador. Fabinho tentava fazer o mesmo com Montillo, mas, por vezes, se perdia, uma vez que o meia-atacante caía muito pelas alas. E quando o argentino resolveu avançar pelo meio, o placar foi alterado. Aos nove minutos, Ceará avançou pela direita e cruzou para o miolo da área. Diones conseguiu evitar que Borges chegasse na bola, mas o esférico caiu no pé do camisa 10 celeste, que chutou rasteiro para abrir o marcador. 1 a 0.

Afoito nos últimos jogos, o Cruzeiro manteve certa sobriedade após o gol inicial. Sem deixar espaços, avançava com perigo rumo ao gol defendido com Marcelo Lomba. Quando o Bahia forçava na marcação, o time arriscava de fora da área e chegou a assustar o arqueiro tricolor, como aos 18 minutos, quando o jovem Lucas Silva, mostrando personalidade, por pouco não ampliou o placar.

O Bahia também tinha qualidade e quase igualou aos 20, quando Rafael conseguiu dominar no meio da zaga celeste e chutou a gol. Fábio, bem posicionado, segurou a pelota. Mas quem chegava com perigo real era o time estrelado.  Aos 35 minutos, Montillo, mostrando o diferencial de um grande jogador, recuperou a bola e escapou com a segunda marcha engatada. Após passar pela marcação adversária, o argentino deu passe açucarado para Borges, mas o centroavante, de forma incomum ao seu futebol, perdeu sozinho a chance de anotar mais um tento. Pecado.

O jogo seguiu interessante até o final da primeira etapa. O Bahia avançava buscando a igualdade, mas esbarrava ora na boa marcação estrelada, ora em suas deficiências técnicas. A Raposa, por sua vez, pecava em não explorar com veemência as brechas deixadas pelos laterais tricolores. Assim os clubes desceram para o vestiário com vantagem mínima no placar para o time mineiro. 

Chuveirinho e pressão

A segunda etapa trouxe novidades nos dois lados. Atrás do prejuízo, o Bahia foi com tudo e deixou a marcação de lado para buscar a igualdade, quando o meia-ofensivo Lulinha entrou na vaga do volante Fabinho. No Cruzeiro, Borges deu lugar ao também centroavante Anselmo Ramon, mantendo o posicionamento da primeira etapa. Quem levou ligeira vantagem com as mudanças foram os donos da casa, que cresceram em campo.

Com a vontade superando à técnica, o Esquadrão de Aço chegava ao ataque de forma afoita, tentando de qualquer maneira a igualdade. Nos lances que levavam perigo, o Bahia explorava as bolas alçadas na área para tentar surpreender a zaga adversária. O “chuveirinho” era a alternativa, ainda que ineficiente. Muito da insistência se dava pelo próprio Cruzeiro, que “chamava” o tricolor da Boa Terra. E assim persistiu até o fim. Sorte da Raposa, que pôs fim à serie de duas derrotas consecutivas. Ainda assim, que o time de Celso Roth fique alerta, pois o futebol na etapa complementar assustou a torcida.

FICHA TÉCNICA

BAHIA 0 X 1 CRUZEIRO

BAHIA: Marcelo Lomba, Diones (Gil Bahia), Danny Morais, Titi, Helder; Fabinho (Lulinha), Fahel, Mancini, Zé Roberto; Gabriel e Rafael (Caio César). Técnico: Caio Júnior

CRUZEIRO: Fábio, Ceará (Diego Renan), Léo, Thiago Carvalho, Marcelo Oliveira; Leandro Guerreiro, Charles, Lucas Silva , Montillo (Souza); Wellington Paulista e Borges (Anselmo Ramon). Técnico: Celso Roth

Gol:  Montillo (aos 9' do 1º tempo)

Motivo: Jogo válido pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro

Data:11/8/2012

Estádio:  Pituaçu

Local: Salvador (BA)

Público: 8.946 pagantes

Renda: R$ 124.920,00

Árbitro: Wilton Pereira Sampaio

Auxiliares: Rodrigo Pereira Jóia e Dibert Pedrosa Moisés

Cartões amarelos: Titi, Gabriel, Fahel e Danny Morais(Bahia); Charles, Marcelo Oliveira, Léo, Thiago Carvalho (Cruzeiro)

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