
Fulminante. Com trocas rápidas de passes e um ataque preciso, o Cruzeiro não tomou conhecimento da boa equipe do Vitória e aplicou sonoros 5 a 1 no rubro-negro baiano, na noite deste sábado (17), em duelo realizado no Mineirão, pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro. O placar dilatado não foi nenhum exagero e trouxe de volta a confiança dos torcedores celestes, que viram a Raposa mostrar um bom futebol e retomar a ponta da tabela, chegando aos 28 pontos.
Para continuar na primeira colocação, os cruzeirenses terão de “secar” o Botafogo, que encara a Portuguesa, no estádio Canindé, em São Paulo, neste domingo (18). Caso o time de General Severiano não vença a Lusa, a Raposa terminará a rodada do Brasileirão na liderança isolada.
O Cruzeiro dá uma pausa no Nacional, se preocupando agora com a Copa do Brasil, já que na quarta-feira (21) encara o Flamengo, no Gigante da Pampulha, às 21h50. Este será o primeiro duelo das oitavas de finais da competição, na qual o time celeste busca seu pentacampeonato. No Nacional, a Raposa voltará a campo contra a Ponte Preta, no próximo sábado, em Campinas.
Intenso
O técnico do Cruzeiro, Marcelo Oliveira, teve neste sábado (17) um de seus grandes desafios nesta temporada. Além de enfrentar um Vitória bem estruturado (não à-toa ocupava a quinta colocação do Campeonato Brasileiro), o comandante celeste precisava ajustar sua equipe, que pisou no gramado do Mineirão com três desfalques (Bruno Rodrigo, Souza e Luan, todos suspensos), além do desgaste físico da maratona de jogos entre quarta e domingo. Com um meio-campo leve e explorando a troca rápida de passes de seu setor ofensivo, o treinador conseguiu armar um time que dominou o confronto entre os clubes.
Nos primeiros minutos de duelo, poucas vezes o Vitória subiu ao campo ofensivo. Isso porque a Raposa imprimiu um ritmo forte, deixando o rubro-negro da “Boa Terra” acuado. E essa pressão surtiu efeito logo na décima volta do relógio, quando Éverton Ribeiro cobrou escanteio no miolo da área e Léo subiu mais que todo mundo para testar para a rede. Porém, o gol não foi confirmado de prontidão, pois o auxiliar Pedro Martinelli apontava impedimento de Borges, que tentou completar a bola para a dentr. Marcelo de Lima Henrique, o árbitro da partida, não queria saber de polêmica, e assumiu a responsabilidade do lance, confirmando o tento. Festa da torcida estrelada. 1 a 0.
Após o gol, aos poucos a Raposa foi diminuindo seu ritmo intenso. Não que deixasse de pressionar seu adversário, pois chegou a assustar a meta de Wilson em várias oportunidades, como aos 38 minutos, quando Egídio ganhou a bola na raça e teve duas grandes oportunidades para colocar a bola dentro da “caixinha”. Acontece que conforme o jogo se desenrolava, o adversário foi acertando sua marcação.
No geral, o placar mínimo não traduziu muito bem o que foi a primeira etapa. O Vitória teve apenas uma oportunidade real de gol, aos 35 minutos, quando Maxi Biancucchi não comprovou seu faro de artilheiro e perdeu uma chance incrível, após ficar livre dentro da área.Já o Cruzeiro foi mais presente no setor ofensivo, finalizando em 11 oportunidades. Um capricho a mais poderia ter deixado o placar mais dilatado...
Mão cheia
O duelo ficou ainda mais interessante na segunda etapa. Atrás do prejuízo, o rubro-negro baiano tentou de todas as formas chegar ao gol estrelado. Do outro lado, a Raposa também não abdicou da parte ofensiva, o que deixou a jogo bem movimentado.
Quem primeiro assustou foi o Leão, aos 6 minutos, quando Biancucchi recebeu lançamento e chutou de fora da área. Fábio viu a bola passar perigosamente pela linha de fundo. A resposta da Raposa veio cinco minutos depois. Esta, porém, foi precisa. Mayke avançou pela direita, após receber pass de Éverton Ribeiro, e cruzou a bola de forma rasteira. No meio do caminho a pelota desviou na zaga rubro-negra e morreu na lagoa. 2 a 0.
O Vitória não jogava a toalha e foi recompensado aos 23 minutos, quando Dedé, de forma infantil, cometeu pênalti. Na marca do cal, Dinei não perdoou, colocando a bola em um lado, enquanto Fábio foi para o outro. 2 a 1.
A reação baiana foi freada pouco tempo depois. Aos 28, Martinuccio recebeu pela esquerda e alçou bola na área, onde se encontrava Borges, que completou de cabeça para dentro da caixinha. 3 a 1. Passados cinco minutos, o jogo virou goleada quando Elber recebeu pela extrema-direita, levantou a cabeça e cruzou rasteiro para o miolo da defesa rubro-negra, achando Ricardo Goulart, que deixou sua marca. 4 a 1 no placar.
E tinha mais! Aos 38, Egídio cobrou falta pela esquerda, achando Vinícius Araújo no meio da bagunça. O jovem atacante celeste, que tinha acabado de entrar, testou firme e voltou a fazer a alegria da China Azul. 5 a 1.
O resultado premia a bela partida realizada pelos comandados de Marcelo Oliveira. Está certo que em alguns momentos o time cedeu espaços ao Vitória. Porém, quando tinha a bola nos pés, a equipe envolveu o rubro-negro baiano com rápidas trocas de passes, que deixavam a defesa adversária desnorteada. Ao final do jogo, o placar dilatado não foi nenhum exagero. Fica a torcida para que esse ritmo fulminante não acabe nos próximos jogos.
FICHA TÉCNICA
CRUZEIRO 5 X 1 VITÓRIA
Cruzeiro: Fábio, Mayke, Dedé, Léo e Egídio; Nilton, Lucas Silva, Éverton Ribeiro (Elber) e Ricardo Goulart; Willian (Martinuccio) e Borges (Vinícius Araújo). Técnico: Marcelo Oliveira
Vitória: Wilson, Dimas, Victor Ramos, Fabrício e Euler (Reniê); Michel (Dinei), Cáceres, Luis Alberto e Renato Cajá, Biancucchi e Vander (Marquinhos). Técnico: Caio Júnior
Gols: Léo (aos 10' do 1º tempo); Mayke (aos 13'), Dinei (pênalti) (aos 23'), Borges (aos 28') e Ricardo Goular (aos 33') e Vinícius Araújo (aos 38' do 2º tempo)
Motivo: Jogo válido pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro
Data: 17 de agosto de 2013
Estádio: Mineirão
Local: Belo Horizonte
Arbitro : Marcelo de Lima Henrique (RJ)
Árbitros assistentes: Marcelo Carvalho Van Gasse (SP) e Pedro Martinelli Christino (PR)
Arbitro assistentes adicionais: Pablo dos Santos Alves (ES) e Marcos Andre Gomes da Penha (ES)
Público: 14.369 pagantes
Renda: R$ 670.185,00
Cartões amarelos: Victor Ramos (Vitória); Nilton e Dedé (Cruzeiro)