A festa da torcida do Cruzeiro não tem hora para acabar. Embora o título não tenha sido oficializado, os torcedores não dão bola para prognósticos. Desde domingo, após a goleada sobre o Grêmio, por 3 a 0, o tom azul se tornou a cor oficial da capital mineira.
A euforia ultrapassou a madrugada e invadiu a segunda-feira, enquanto a camisa estrelada tomou conta das ruas da cidade, acompanhada pelos gritos de “tricampeão”. Apesar de a matemática insistir em dizer que faltam dois pontos para assegurar a taça, o cruzeirense amanheceu, na segunda, sentindo-se o verdadeiro “dono” do Brasil.
A comemoração dos jogadores, por sua vez, teve uma pausa, depois da volta olímpica no Gigante da Pampulha. No entanto, o grupo comandado pelo técnico Marcelo Oliveira tem total confiança de que o segundo tempo dos festejos será em Salvador. Aliás, uma cidade bem sugestiva para celebrar, pois, na Boa Terra, costuma-se dizer que o carnaval dura o ano inteiro.
Os números que faltam para fechar a conta da conquista, a Raposa buscará amanhã, diante do Vitória, às 21h50, no Barradão, pela 34ª rodada. A cinco rodadas para o fim da disputa, o time da Toca soma 71 pontos, contra 58 do Atlético-PR, o segundo colocado.
“Comemoramos muito ali com a nossa torcida e vamos tentar comemorar o título em Salvador. Mas o campeonato não acabou ainda. Temos mais cinco jogos pela frente, e vamos encarar cada um com toda a importância”, ressalta o lateral Mayke.
No último domingo, ele completou 21 anos. Amanhã, terá a chance de ser, de fato e em campo, campeão brasileiro, logo no primeiro ano como profissional. Isso porque o titular Ceará levou o terceiro amarelo e está fora do jogo. A possibilidade faz o jovem sonhar.
“Já pensei muito nisso. Não só eu, mas todos nós que viemos da base ficamos muito felizes, porque o que tentamos fazer aqui em cima deu certo. Ajudamos o Cruzeiro a chegar ao topo da tabela”, destaca.
A exemplo de Mayke, o atacante Willian vive a expectativa de retornar ao time, justamente na partida que pode encerrar a disputa. Com a suspensão do meia Éverton Ribeiro, ele é um dos candidatos à vaga, junto com Júlio Baptista. O camisa 41 foi titular na maioria dos jogos, mas perdeu a posição desde a partida contra o Santos, pela 32ª rodada. No domingo, saiu do banco para marcar o segundo gol da vitória sobre o Grêmio.
“O Marcelo que toma a decisão. Não é bom ficar no banco, mas existe o respeito ao companheiro. Fiquei fora de uma partida, mas me recuperei bem e espero estar pronto para quarta-feira”, ressalta.