
O técnico Celso Roth vem, desde o início do Brasileiro, batendo na mesma tecla: o desequilíbrio do Cruzeiro.
E isso pode ser comprovado na fraca campanha do time nas dez últimas rodadas do campeonato.
O time estrelado ocupa, nessa tabela fracionada, apenas a 14ª colocação, com 12 pontos conquistados, fraco aproveitamento de 40%.
Na avaliação do matemático Gilcione Nonato Costa, os últimos maus resultados refletem a situação do time. “É uma equipe inconstante. Teve picos no início, mas vem sendo irregular. Venceu alguns jogos, mas não tem regularidade e não inspira confiança”, afirma.
Da 16ª à 25ª rodada, disputada no fim de semana passado, o Cruzeiro obteve apenas três vitórias, contra times que estão abaixo dele na tabela de classificação, casos do lanterna Atlético-GO, Bahia (13º colocado) e Náutico (12º).
E o pior: foi derrotado fora de casa por Sport (2 a 1) e Figueirense (2 a 0) – ambos na zona da degola –, além de Botafogo, no Independência, e Coritiba, no Paraná.
Respiro
Nesse período, em contrapartida, o time conseguiu resultados significativos diante de equipes que brigam pelo título, como Atlético (2 a 2), Fluminense (1 a 1) e Vasco (1 a 1), todos os três brigando pelas primeiras posições.
Por conta dessa irregularidade, o desempenho cruzeirense não foge da seguinte análise: insuficiente para quem sonha com uma vaga na Copa Libertadores; mediano para alcançar a Sul-Americana; não muito confiável para se afastar com segurança o risco de rebaixamento.
A verdade é que a equipe estrelada só não está em pior situação por causa da excelente performance nas seis primeiras partidas que fez no Campeonato Brasileiro.
No início da competição, o Cruzeiro somou 14 dos 18 pontos disputados, em quatro vitórias e dois empates, e chegou a liderar por uma rodada, dando a impressão de que iria surpreender na temporada.