Paulo Pezzolano é um dos principais responsáveis pelo sucesso do Cruzeiro (THOMÁS SANTOS/STAFF IMAGES)
O Cruzeiro vive um ano completamente diferente do que viveu nos anos anteriores. O “ano da reconstrução” começou com a compra da SAF do clube por Ronaldo Fenômeno e a chegada do técnico Paulo Pezzolano, que ajudou a moldar o “Novo Cruzeiro”. O treinador elegeu o trabalho em equipe de todos que fazem o Cruzeiro “girar” como um diferencial para um ano tão especial.
“Sempre falei, em todos os times que estive, só se vê dentro de campo os 90 minutos, mas se os 90 não forem bons e isso se repete, quer dizer que falta algo a mais. O futebol é muito mais que os 90 minutos dentro de campo, ou só os treinadores e jogadores. É resultado de todos, dos que fazem a comida, dos que chegam cedo e arrumam tudo, tudo interfere muito na cabeça de quem está trabalhando. Futebol é um jogo em equipe. Às vezes você faz tudo de ruim fora e consegue resultados, mas vai ser muito curto. Quando está tudo bem fora, a médio/longo prazo, o resultado vai ser bom. Isso é o que conseguimos aqui, uma equipe de trabalho muito além dos 11 jogadores, é o que se vê hoje na Toca e em todo o Cruzeiro”, afirmou o treinador.
Além dos funcionários e dos jogadores, Pezzolano não deixou de elogiar também a contribuição da torcida, que ele disse ter visto como mais consciente com o que estava acontecendo com o clube e que abraçou o novo projeto. No entanto, ressaltou que, com o acesso, eles vão ter que fazer ainda mais, pois será um ano mais difícil ainda:
“É mais uma vez trabalho em equipe (com a torcida), hoje o Cruzeiro é forte de verdade. Se conseguirmos mesmo o acesso, mais do que nunca o torcedor vai ter que abraçar, independente do treinador ou dos jogadores em campo, porque vai ser ainda mais difícil do que esse ano. Tem que saber que ano que vem o Cruzeiro não vai jogar pra ser campeão, vai seguir um ano ou dois de construção e isso vai ser o mais difícil, e aí o torcedor vai ter um papel muito mais importante do que esse ano”.
Fora o crescimento do time e do clube em geral, Pezzolano falou também sobre o crescimento pessoal que está tendo trabalhando no Brasil com calendário apertado e poucos dias de treino: “Para nós o ano foi complicado, trabalhar pouco no campo e muito o audiovisual, treinos devagar, gosto de trabalhar com intensidade de jogo, mas se joga a cada dois ou três dias, é impossível, então foi diferente e um crescimento muito bom para mim”. O treinador, que chegou falando em construir uma família na Raposa, afirmou que sente que já conseguiu esse objetivo.
Pelo Cruzeiro, Pezzolano já soma 49 jogos, 30 vitórias, nove empates e 10 derrotas, sendo cerca de 67% de aproveitamento. Ele será o treinador que vai marcar a nova era no Cruzeiro, que vai recolocar o clube na Série A após anos de angústia na Série B. Essa confirmação deve acontecer ainda em setembro, já que a Raposa já tem 11 pontos de vantagem para o segundo colocado e 18 para o quinto.
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